terça-feira, 29 de julho de 2014

Em Serraria: irmão mata outro após briga por conta de cachorro

FOTO REPRODUCAO PG AGORA

Em Serraria: irmão mata outro após briga por conta de cachorro
Uma briga entre três irmãos por conta de um cachorro terminou com a morte de um deles e outro ferido no sítio Alagoinha, no município de Serraria no Agreste paraibano, na noite de segunda-feira (28).

Segundo informação da Polícia Civil, o crime ocorreu quando um dos irmãos feriu outro com um facão porque o cachorro de um deles comeu um ovo da galinha de outro. Um terceiro irmão, ao perceber a briga, atirou no agressor, que tinha 32 anos e morreu no local.

A briga ocorreu quando seis irmãos comemoravam o aniversário de casamento dos pais, segundo o delegado Josinaldo Ribeiro, que investiga o caso. “Foi uma tragédia familiar. Uma discussão surgida em uma festa de família porque o cachorro de um irmão comeu o ovo de uma galinha do outro. Houve desentendimento, chegaram às vias de fatos e para defender o outro, o terceiro irmão atirou com a espingarda”, explicou.

Segundo informações colhidas pela polícia, a espingarda usada pelo terceiro irmão envolvido na briga pertencia à própria vítima. De acordo com a família, o irmão responsável pelo disparo agiu em defesa do outro que havia sido ferido no braço com um golpe de facão. O dono do cachorro, em entrevista a TV Cabo Branco, afirmou que a briga só teve início porque o irmão estava embrigado e chegou a chutar o animal de estimação.

“Era uma boa pessoa, nunca tinha me feito mal. Foi negócio de cachaça mesmo. Ele tava ‘zuado”, comentou o irmão dono do cachorro. O suspeito de atirar com a espingarda e matar o irmão que criava galinha estava foragido até o início da manhã desta terça-feira (29).


PB AGORA com G1

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Meteorologia indica possibilidade de chuva em todas as regiões da Paraíba nas próximas 24 horas

A previsão climática para as próximas 24 horas – a partir das 9 horas da manhã desta segunda-feira (28) – é de tempo instável e favorável a ocorrência de chuvas em quase todo Estado.
De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), a temperatura deve variar entre a máxima de 33°C, que deve ocorrer no Sertão, no início da tarde, e a mínima de 16°C, esperada na madrugada de amanhã, no Cariri.

O boletim meteorológico da Aesa, divulgado nesta segunda-feira pelo setor de Monitoramento e Hidrometria, ressalta que pode chover com mais intensidade no Litoral.
“O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas, com maior concentração no setor leste do Estado da Paraíba. A presença desse sistema poderá induzir, nas próximas 24 horas, chuvas de intensidade moderada a forte no Litoral Paraibano”, informou a meteorologista Marle Bandeira.

Prognóstico climático detalhado para cada região:

Litoral

O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas.

Max.: 29°C
Min.: 22°C

Brejo

O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas.

Max.: 28°C
Min.: 17°C

Agreste

O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas.

Max.: 29°C
Min.:17°C

Cariri/Curimataú

O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas em pontos localizados.

Max.: 31°C
Min.: 16°C

Sertão

O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas em pontos localizados.

Max.: 33°C
Min.: 18°C

Alto Sertão

O tempo deverá manter-se com muitas nuvens e chuvas em pontos localizados.

Max.: 32°C
Min.: 19°C
Fonte: paraiba on line com Secom/PB

quinta-feira, 24 de julho de 2014

ÚLTIMO ADEUS: familiares, amigos e fãs começam a se despedir de escritor Ariano Suassuna em Recife

foto reproducao pb agora

ÚLTIMO ADEUS: familiares, amigos e fãs começam a se despedir de escritor Ariano Suassuna em Recife
 O corpo do escritor Ariano Suassuna começou a ser velado no Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife, ainda na noite de quarta (23). Por volta das 22h55, o caixão foi recebido por familiares, amigos e políticos, que participaram de uma celebração religiosa. As portas do palácio, que é sede do governo de Pernambuco, só foram abertas ao público por volta das 23h30, meia hora após o previsto inicialmente. Ariano morreu às 17h15 da quarta, vítima de uma parada cardíaca. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) no Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

Além dos familiares, muitos vestidos com a camisa do Sport Club do Recife, time de coração de Ariano, políticos estiveram na cerimônia realizada pelo frei franciscano Aloísio Fragoso. O ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência, Eduardo Campos; o atual governador do estado, João Lyra Neto, e o candidato ao Senado e ex-ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, além de parentes carregaram o caixão para o hall principal do Palácio. Ariano foi secretário de Cultura de Pernambuco e também assessor especial do governo de Campos.

Para a celebração familiar, o caixão foi coberto com as bandeiras da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde ele foi professor do curso de Letras, do Estado de Pernambuco e do Brasil. Durante a celebração religiosa, frei Aloísio relembrou a trajetória do dramaturgo e destacou a religiosidade de Ariano. "Lá em cima, Nossa Senhora pedirá que ele represente a peça O Auto da Compadecida", afirmou. Na cerimônia, Germana Suassuna, neta de Ariano, leu um texto em homenagem ao avô. Ela destacou que o escritor viveu os últimos dias da forma que queria, no palco. Na última sexta-feira, ele apresentou sua última aula-espetáculo, no Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), no Agreste pernambucano. Germana também destacou o apoio que todos os familiares darão a Zélia Suassuna, agora viúva de Ariano. "Meu avô foi o homem mais feliz do lado dela. E ela também foi a mulher mais feliz” Meu avô é simplesmente imortal", disse.

Na porta do Palácio, a fila de admiradores, que começou a se formar por volta das 23h, tinha muitos amigos e também fãs da figura pública de Ariano. O policial George Nascimento e sua mãe, Nelma Cristina, encontraram o escritor apenas uma vez na vida, mas guardaram o momento da lembrança. "Foi numa igreja. Vou sempre lembrar da pessoa que ele foi, um exemplo de ser humano", comentou Nelma.

Nascido em João Pessoa, quando a capital paraibana ainda se chamava Nossa Senhora das Neves, em 1927, ainda adolescente, Ariano Vilar Suassuna foi morar no Recife, onde terminou os estudos secundários e deixou seu nome marcado na cultura literatura brasileira, especialmente no teatro e na literatura.

Em 1946, na capital pernambucana, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco, junto com o amigo Hermilo Borba Filho. No ano seguinte, escreveu sua primeira peça teatral, Uma Mulher Vestida de Sol, seguida de Cantam as Harpas de Sião e Os Homens de Barro. Em 1955, escreveu sua obra mais popular, Auto da Compadecida, que conta as aventuras de dois amigos, Chicó e João Grilo, no Nordeste brasileiro. A peça foi adaptada duas vezes para o cinema, em 1969 e 2000.

Suassuna continuou criando, escrevendo peças de teatro, romances e poesias. O Santo e a Porca, Farsa da Boa Preguiça e Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta são algumas das dezenas de obras dele. A maioria delas foi traduzida para outros idiomas, como francês, alemão, espanhol, inglês e holandês. Em 1989, passou a ocupar a Cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras.

Obra A primeira peça do escritor, "Uma mulher vestida de sol", ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Ariano escreveu um de seus maiores clássicos, "O Auto da Compadecida", em 1955, cinco anos depois de se formar em direito. A peça foi apresentada pela primeira vez no Recife, em 1957, no Teatro de Santa Isabel, sem grande sucesso, explodindo nacionalmente apenas quando foi encenada – e ganhou o prêmio – no Festival de Estudantes do Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina. A obra é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.

Carismático, Suassuna esbanjou simpatia por onde passou. Mais recentemente, apresentou sua “aula-espetáculo” por todo o Brasil, onde ensinou formas de arte para o público e mostrou a riqueza da cultura do país, contando histórias, “causos” e piadas. Suassuna mostrou ao povo brasileiro como ele é inventivo, engraçado, esperto e interessante e provou que não existe nada do lado de lá das fronteiras que possamos invejar.

Em uma de suas últimas passagens por Brasília, Suassuna encerrou a aula-espetáculo valorizando, não sua obra, mas a de outro brasileiro. O escritor citou o filósofo Matias Aires como exemplo da qualidade nacional, mas também como um resumo da sua própria trajetória, "e da de todos nós", neste mundo.

“Quem são os homens mais do que a aparência de teatro? A vaidade e a fortuna governam a farsa desta vida. Ninguém escolhe o seu papel, cada um recebe o que lhe dão. Aquele que sai sem fausto, nem cortejo, e que logo no rosto indica que é sujeito à dor, à aflição, à miséria, esse é o que representa o papel de homem. A morte, que está de sentinela, em uma das mãos segura o relógio do tempo. Na outra, a foice fatal. E, com esta, em um só golpe, certeiro e inevitável, dá fim à tragédia, fecha a cortina e desaparece”, disse, então, Ariano Suassuna.

ABL - Com a morte de Suassuna, ABL perde o terceiro acadêmico em um mês. O presidente da Academia Brasileira de Letras, Geraldo Holanda Cavalcanti, e o o acadêmico Evanildo Bechara representarão a ABL no funeral de Suassuna, amanhã (24), em Paulista, região metropolitana do Recife. O escritor, dramaturgo e poeta paraibano morreu hoje (23), aos 87 anos, no Real Hospital Português, onde estava internado desde segunda-feira (21), por causa de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

A ABL determinou luto oficial de três dias. Em nota divulgada logo após tomar conhecimento da notícia, Holanda Cavalcanti lembra o fato de que Suassuna é o “terceiro grande acadêmico” que a academia perde no espaço de um mês – ele se referia a Ivan Junqueira, morto no dia 3 deste mês, e a João Ubaldo Ribeiro, no dia 18.

“Estendemos à família de Ariano nossos profundos sentimentos de pesar. E, à multidão de seus amigos, leitores e admiradores no Brasil e no mundo, nossa solidariedade pela imensa perda. Ariano reunia em sua pessoa as extraordinárias qualidades de homem de letras e de intelectual no melhor sentido da palavra, alguém que, dispondo de uma cultura invulgar, era, ao mesmo tempo, um homem de ação. À sua maneira ocupava-se e preocupava-se com os problemas sociais, focado nos da sua região”, destaca o presidente da academia.

Redação do pb agora com G1

Casal que perdeu 3 filhos em voo malaio: 'Já não temos mais vida para viver por nós mesmos'

As crianças, que voavam acompanhadas pelo avô, tinham 12, 10 e 8 anos

Crianças da família Maslin (Foto: Reprodução/YouTube)
Nesta quarta-feira (23/07), um casal australiano que perdeu seus três filhos na queda da aeronave da Malaysia Airlines na Ucrânia divulgou um comunicado sobre o acidente. "Nossa dor é intensa e implacável", dizem os pais das crianças.
De acordo com o Mashable, Anthony Maslin e Rin Norris perderam Mo (12 anos), Evie (10 anos) e Otis (8 anos) — além do pai de Norris, Nick, que acompanhava os pequenos. O casal afirma, em uma nota disponibilizada pelo Ministério das Relações Exteriores e Comércio da Austrália, que estão vivendo "o inferno do inferno". A declaração era dirigida a "Ucrânia, políticos, mídia, amigos e familiares".

"Nossos bebês não estão aqui conosco — somos obrigados a viver com esse ato de horror, todos os dias e todos os momentos para o resto de nossas vidas", escreveram. Os pais ainda dizem que ninguém merece sentir a dor que estão enfrentando, "nem mesmo as pessoas que atiraram em nossa família".
"Nenhum ódio no mundo é tão forte quanto o amor que temos por nossos filhos, por Mo, Evie e Otis. Nenhum ódio no mundo é tão forte quanto o amor que temos pelo vovô Nick. Nenhum ódio no mundo é tão forte quanto o amor que temos um pelo outro. Isso é algo nos dá algum conforto."
O casal ainda agradeceu seus amigos e familiares pelo o amor e apoio que têm demonstrado. "Queremos continuar sabendo sobre a vida de vocês, as coisas boas e ruins. Já não temos mais vida para viver por nós mesmos."

Robôs da RoboCup podem encontrar sobreviventes em casos de desastres

Protótipos têm que encontrar sinais vitais em locais de difícil acesso.
Finais acontecem nesta quinta-feira (25) em João Pessoa.

Krystine Carneiro Do G1 PB

Os robôs que se apresentam durante a RoboCup 2014, em João Pessoa, são programados para encontrar sobreviventes em desastres. Na quarta-feira (23), terceiro dia de competições, uma equipe da Mahidol University, da Tailândia, colocou seus robôs na arena construída no Centro de Convenções e conseguiu localizar cinco vítimas que ainda podiam ser socorridas, caso fossem reais.
Equipe da Tailândia compete na liga Rescue (Foto: Krystine Carneiro/G1)Equipe da Tailândia compete na liga Rescue
(Foto: Krystine Carneiro/G1)
Na tarefa, os robôs têm que mapear todo o local do desastre e identificar sinais vitais, a exemplo do calor. Os protótipos têm que mostrar bom desempenho em terrenos irregulares e em locais de difícil acesso.

"São robôs teleoperativos que usam câmeras para capturar as imagens do local e das vítimas. Assim, será possível enviar uma equipe de resgate para socorrer os sobreviventes", explicou a estudante Preedipat Sattayasoonthorn, uma das integrantes do grupo formado por 10 tailandeses.

As finais da RoboCup acontecem nesta quinta-feira (24) no Centro de Convenções de João Pessoa. Na sexta-feira (25), ainda acontece o Simpósio Internacional da RoboCup para pesquisadores, professores, estudantes e interessados na área. O simpósio exige inscrição paga tanto para estudantes quanto para professores e pesquisadores.

Morre no Recife, aos 87 anos, o escritor Ariano Suassuna

Ele sofreu um AVC na noite de segunda-feira e passou por cirurgia.
Nascido na Paraíba, ele vivia no Recife desde 1942.

Do G1 PE

Em março de 2010, Ariano Suassuna deu uma aula-espetáculo durante o Festival de Teatro de Curitiba (Foto: Lenise Pinheiro / Folhapress)Em março de 2010, Ariano Suassuna deu uma aula-espetáculo durante o Festival de Teatro de Curitiba (Foto: Lenise Pinheiro / Folhapress)
Morreu no Recife, nesta quarta-feira (23), o escritor, dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna, aos 87 anos. Ele estava internado desde a noite de segunda (21) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Português, onde foi submetido a uma cirurgia na mesma noite após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Segundo boletim médico, o escritor faleceu às 17h15. "O paciente teve uma parada cardíaca provocada pela hipertensão intracraniana".
O velório do corpo do escritor começa ainda esta noite, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, que decretou luto oficial de três dias. A partir das 23h, será aberto o acesso do público ao local. O enterro está previsto para a tarde de quinta-feira (24), no cemitério Morada da Paz, em Paulista, no Grande Recife.
Internamentos
Em 2013, Ariano foi internado duas vezes. A primeira delas em 21 de agosto, quando sentiu-se mal após sofrer um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções, de acordo com os médicos, e ficou internado na unidade coronária, mas depois foi transferido para um apartamento no hospital. Recebeu alta após seis dias, com recomendação de repouso e nenhuma visita.
Dias depois, um aneurisma cerebral o levou de volta ao hospital. Uma arteriografia foi feita para tratamento e ele saiu da UTI para um apartamento do hospital, de onde recebeu alta seis dias depois da internação, no dia 4 de setembro.
Na noite de segunda-feira (21), Ariano Suassuna deu entrada no hospital e foi operado após o diagnóstico do AVC. A cirurgia foi para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Na noite de terça, o quadro dele se agravou, devido a "queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada", conforme foi informado em boletim.
Na aula-espetáculo, Ariano mistura causos, informações sobre elementos da cultura popular nordestin a (Foto: Costa Neto / Secretaria de Cultura de Pernambuco)Na aula-espetáculo que ministrou no Festival de Inverno de Garanhuns, na semana passada, mais uma vez Ariano misturou causos, informações sobre elementos da cultura popular nordestina; o grupo Arraial foi o convidado para os números de música e dança (Foto: Costa Neto / Secretaria de Cultura de Pernambuco)
Ativo até o fim
Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Mesmo com os problemas na saúde, ele permanecia em plena atividade profissional. "No Sertão do Nordeste a morte tem nome, chama-se Caetana. Se ela está pensando em me levar, não pense que vai ser fácil, não. Ela vai suar! Se vier com essas besteirinhas de infarto e aneurisma no cérebro, isso eu tiro de letra", disse ele, em dezembro de 2013, durante a retomada de suas aulas-espetáculo.
Em março deste ano, Ariano foi homenageado pelo maior bloco do mundo, o Galo da Madrugada.  Ele pediu que a decoração fosse feita nas cores do Sport, vermelho e preto, e ficou muito contente com a homenagem. “Eu acho o futebol uma manifestação cultural que tem muitas ligações com o carnaval”, disse, na ocasião.
No mesmo mês, o escritor concedeu uma entrevista à TV Globo Nordeste sobre a finalização de seu novo livro, “O jumento sedutor”. Os manuscritos começaram a ser trabalhados há mais de trinta anos.
Na última sexta-feira, Suassuna apresentou uma aula espetáculo no teatro Luiz Souto Dourado, em Garanhuns, durante o Festival de Inverno. No carnaval do próximo ano, o autor paraibano deve ser homenageado pela escola de samba Unidos de Padre Miguel, do Rio de Janeiro.
Com montagem d'O Auto da Compadecida no Rio de Janeiro, Ariano conquistou a crítica brasileira (Foto: Acervo pessoal / Ariano Suassuna)Com montagem d'O Auto da Compadecida no Rio de Janeiro, Ariano conquistou a crítica brasileira (Foto: Acervo pessoal / Ariano Suassuna)
Obra
A primeira peça do escritor, "Uma mulher vestida de sol", ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948. Ariano escreveu um de seus maiores clássicos, "O Auto da Compadecida", em 1955, cinco anos depois de se formar em direito. A peça foi apresentada pela primeira vez no Recife, em 1957, no Teatro de Santa Isabel, sem grande sucesso, explodindo nacionalmente apenas quando foi encenada – e ganhou o prêmio – no Festival de Estudantes do Rio de Janeiro, no Teatro Dulcina. A obra é considerada a mais famosa dele, devido às diversas adaptações. Guel Arraes levou o “Auto” à TV e ao cinema em 1999.
O escritor considera que seu melhor livro é o “Romance d'A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”. A obra começou a ser produzida em 1958 e levou 12 anos para ficar pronta. Foi adaptada por Luiz Fernando Carvalho e exibida pela Rede Globo em 2007, com o nome de "A pedra do reino".
Na década de 70, Ariano começou a articular o Movimento Armorial, que defendeu a criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Ele também foi membro-fundador do Conselho Nacional de Cultura.
Após 32 anos nas salas de aula, Suassuna se aposentou do cargo de professor da Universidade Federal de Pernambuco, em 1989. O período também ficou marcado pelo reconhecimento nacional do escritor – Ariano tomou posse na cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, em 1990.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Quadro clínico de Ariano Suassuna piora e situação é instável, diz boletim

Escritor tem 87 anos e está internado no Recife desde a noite de segunda.
Ele sofreu AVC e foi operado; pressão intracraniana está muito elevada.

Do G1 PE

Ariano Suassuna em aula-espetáculo (Foto: Divulgação / Roberta Guimarães)Ariano Suassuna sofreu AVC hemorrágico e foi operado;
quadro é crítico (Foto: Divulgação / Roberta Guimarães)
Boletim médico divulgado na noite desta terça-feira (22) informa que houve um agravamento do quadro clínico do escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, 87 anos, internado no Hospital Português, no Recife, desde a última segunda-feira (21). Segundo a nota, "a situação é instável, com queda da pressão arterial e pressão intracraniana muito elevada". Ele permanece internado na UTI neurológica, em coma e respirando com ajuda de aparelhos. O boletim divulgado às 20h é assinado pela neurocirurgiã Feliciana Castelo Branco.
Ainda na noite da segunda, o escritor passou por uma cirurgia para a colocação de dois drenos, na tentativa de controlar a pressão intracraniana. Suassuna sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) do tipo hemorrágico. Não há previsão de alta.
No ano passado, Ariano Suassuna foi internado duas vezes. Na primeira ocorrência, em 21 de agosto, sentiu-se mal em casa e precisou ser hospitalizado. Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio de pequenas proporções, de acordo com os médicos, e ficou internado na unidade coronária, mas depois foi transferido para um apartamento no hospital. Recebeu alta após seis dias de internamento, com recomendação de repouso em casa e nenhuma visita.
Dias depois, foi levado ao hospital novamente - dessa vez, foi detectado um aneurisma cerebral. O escritor passou por um procedimento chamado arteriografia, capaz de tratar o aneurisma, saiu da UTI e foi levado para um apartamento do hospital, de onde recebeu alta seis dias depois da internação, no dia 4 de setembro.

Autor de "O auto da compadecida", entre diversas outras obras, Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa, e cresceu no Sertão paraibano. Mudou-se com a família para o Recife em 1942. Sua primeira peça, "Uma mulher vestida de sol", ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno em 1948.
Tem contos e livros adaptados para a televisão e para o cinema. "O auto da compadecida" foi adaptado para a televisão em 1999, por Guel Arraes, enquanto "O Romance d'a pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta" deu origem à minissérie "A pedra do reino", com direção de Luiz Fernando Carvalho, exibida na Rede Globo em 2007.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Procuradoria Eleitoral da PB pede impugnação de Cássio e mais 13

Cássio Cunha Lima é candidato ao governo do estado pelo PSDB.
Ações ainda vão ser julgadas pela Justiça Eleitoral.

Do G1 PB

Cássio Cunha Lima aguarda julgamento de recurso para tomar posse no Senado (Foto: Divulgação/PSDB)Ação pede impugnação da candidatura de Cássio
Cunha Lima(Foto: Divulgação/PSDB)
A Procuradoria Regional Eleitoral da Paraíba (PRE-PB) informou nesta segunda-feira (14) os pedidos da impugnação de 14 candidaturas nas Eleições de 2014 no estado. São 10 candidaturas a deputado estadual, três a deputado federal e uma a governador. Esta última pede a impugnação da candidatura de Cássio Cunha Lima (PSDB) ao governo.
 No caso do senador tucano, a PRE-PB pediu a impugnação devido a "representação julgada procedente, reconhecendo a prática de abuso de poder político e econômico, bem como de conduta vedada, por parte do TRE/PB, no âmbito das RPs nº 215 (FAC) e nº 251 (A UNIÃO)".
Cabe ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) decidir se os candidatos continuarão ou não na disputa eleitoral deste ano. Das decisões, poderá caber ainda recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo a PRE-PB, as ações estão baseadas em motivos como contas rejeitadas, condenação criminal, representação por excesso de doação, não atingimento de idade mínima para o cargo (na data da posse) e prática de abuso de poder político e econômico, além de conduta vedada.
A lista dos pedidos de registro de candidatura foi disponibilizada pelo TRE-PB na terça-feira (8), publicada no Diário da Justiça Eleitoral na quarta-feira (9) e o prazo começou a correr na quinta-feira (10). De acordo com a legislação eleitoral, o prazo para qualquer cidadão, candidato, partido político, coligação partidária e Ministério Público solicitar a impugnação de candidaturas é de cinco dias, contados da data da publicação da lista.
A PRE/PB ainda analisará 35 requerimentos de registro individual de candidatos que pediram seu registro após o prazo de 5 de julho, devido aos partidos ou coligações que não incluíram os nomes anteriormente. Para estes, o prazo para impugnação é de cinco dias, iniciando-se em 16 de julho.
O procurador regional eleitoral Rodolfo Alves Silva explicou que a análise dos registros, em regra, abrange três aspectos: as condições de elegibilidade, a ausência de inelegibilidade e a desincompatibilização. No entanto, tendo em vista o prazo de cinco dias para levantar as situações de inelegibilidade, os trabalhos da PRE/PB foram concentrados na análise desse ponto.
“A estratégia é possível, pois as situações de inelegibilidade só podiam ser levantadas nesse momento. Já os outros aspectos, ou seja, as condições de elegibilidade e a desincompatibilização podem ser verificadas dentro dos processos de registro de candidatura, na condição de fiscal da lei do Ministério Público, não necessariamente dentro desse prazo de cinco dias”, esclareceu.
A assessoria de imprensa do TRE-PB informou que além das 14 ações da Procuradoria Eleitoral, recebeu ainda outros 21 pedidos de impugnação de registros de candidatura. O prazo para protocolar os pedidos terminou  às 19 horas desta segunda-feira. Depois de notificados pelo TRE, os candidatos que tiveram os registros questionados terão um prazo de sete dias para apresentarem suas defesas.
Jurídico reafirma legitimidade
O coordenador jurídico da campanha do senador Cássio Cunha Lima, o advogado Harrison Targino enviou ainda na noite desta segunda-feira (14) comunicado oficial à imprensa, onde diz ter recebido a informação sobre o pedido de impugnação da candidatura do ex-governador tucano por parte do Ministério Público Eleitoral com serenidade, e reafirmou a legitimidade da candidatura de Cunha Lima.
"Respeitamos a posição do MPE, mas temos a mais absoluta convicção de que, no devido tempo, a Justiça demonstrará que a tese da douta Procuradoria não se sustenta em relação à essa controvérsia relacionada ao primeiro e segundo turnos de uma eleição", destacou Harrison Targino.
Para o coordenador jurídico da campanha de Cunha Lima "é perfeitamente normal que, no processo democrático, as instâncias se comportem de acordo suas naturezas formais e é exatamente por isso que ele não tem dúvidas sobre a vitória, no âmbito da Justiça, da legitimidade da candidatura de Cássio".
Segundo Targino, a convicção do setor jurídico da campanha de Cássio se assenta no entendimento de que as condições de elegibilidade e inelegibilidade são aferidas para o primeiro turno, porque é nele que começa o processo da eleição.
* A Matéria foi alterada às 23h17 para inclusão da nota oficial enviada pela assessoria jurídica do candidato Cássio Cunha Lima.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Argentinos fazem fila para tomar banho em rodoviária do Rio

Movimentação era intensa no terminal na manhã desta segunda-feira.
Pelo menos 36 ônibus devem deixar a cidade rumo a Buenos Aires.

Daniel Silveira Do G1 Rio

Argentinos fazem fila para tomar banho na rodoviária do Rio (Foto: Daniel Silveira/G1)Argentinos fazem fila para tomar banho em rodoviária do Rio (Foto: Daniel Silveira/G1)
Em meio a inúmeros turistas das mais variadas nacionalidades, os argentinos eram maioria na Rodoviária Novo Rio, no Centro, no final da manhã desta segunda-feira (14). Enquanto alguns ainda dormiam no chão, comiam na praça de alimentação do terminal ou procuravam por algum suvenir do Brasil em lojas, muitos argentinos enfrentavam fila para tomar banho antes da longa viagem de volta para casa.

"Assistimos à final na praia e passamos a noite lá. Um amigo peruano que vive aqui [no Rio] guardou nossas bagagens. Precisamos de banho antes de viajar", disse o estudante Eduardo Gimenez, 23 anos, que partirá em um ônibus previsto para as 16h25, acompanhado de três amigos.
Segundo o Consórcio Novo Rio, que administra a rodoviária, 36 ônibus sairão da cidade em direção à Argentina nesta segunda. A previsão era de que a movimentação no terminal ficasse ainda mais intensa depois de meio-dia. A partir das 15h, os ônibus para Buenos Aires passarão a sair com intervalo de cinco minutos.

Saídas para São Paulo
Outro destino bastante procurado pelos visitantes é São Paulo, já que muitos estrangeiros chegaram ao país pelo aeroporto internacional de Guarulhos. O comerciante Marcelo Goris, 43 anos, esperava um ônibus para São Paulo, mas contou que voltará de carro para a Argentina.
"Viajamos 2.600 quilômetros de Santa Fé até Guarulhos e lá nosso carro estragou. Queríamos vir ao Rio para a partida final. Deixamos o carro com um mecânico e dormimos dentro dele antes de vir pra cá", disse Marcelo Goris.
Antes da viagem, o argentino aproveitou para escolher presentes para os filhos. Questionado sobre qual lembrança levaria da Copa do Mundo no Brasil, ele citou a alegria do povo. "Os brasileiros nos receberam muito bem. Foi uma viagem incrível", destacou.
Argentino ressalta hospitalidade dos brasileiros (Foto: Daniel Silveira/G1)Argentino ressaltou hospitalidade dos brasileiros
antes da volta para casa (Foto: Daniel Silveira/G1)
Sobre as provocações dos brasileiros em razão da derrota da seleção de Messi para a Alermanha, Marcelo disse compreender a brincadeira e ressaltou que perder faz parte do jogo.
"Futebol é assim: se ganha e se perde. Somos rivais em campo, fora dele somos todos amigos", disse o argentino, que veio ao Brasil com um grupo de quatro amigos. "Dois torcem para Unión e dois para Colón [times argentinos], que são muito rivais. Mas somos irmãos, não temos que brigar".

domingo, 13 de julho de 2014

Alemanha marca no final e conquista o tetra no Maracanã

Lance no jogo entre Alemanha e Argentina na final da Copa no Maracanã, no Rio
Lance no jogo entre Alemanha e Argentina na final da Copa no Maracanã, no Rio - Ivan Pacheco/VEJA.com
Demorou, mas o tetra chegou. Depois de uma longa espera, com 24 anos sem levantar a Copa do Mundo, três edições consecutivas batendo na trave (vice em 2002 e terceira colocada em 2006 e 2010) e uma nervosa prorrogação na finalíssima, neste domingo, no Maracanã, a Alemanha alcançou a Itália, conquistando seu quarto título mundial e deixando a Argentina mais uma vez com o vice, repetindo a última decisão entre as duas seleções, em 1990. A conquista veio apenas no segundo tempo do tempo extra, com um golaço marcado por Mario Götze. Foi uma decisão nervosa, equilibrada e muito disputada, com uma Argentina marcando forte e a Alemanha dominando a posse de bola e martelando incessantemente no ataque, ainda que sem grande precisão. No fim, porém, a melhor campanha da segunda Copa realizada no Brasil foi coroada com o título, o primeiro de uma seleção europeia em um Mundial disputado num país sul-americano. Agora, não são só os italianos que estão a apenas uma conquista de alcançar o Brasil: a Alemanha subiu de degrau e também pode igualar a seleção pentacampeã já na próxima edição, na Rússia, em 2018.
Início emocionante - Melhor ataque da competição, a Alemanha controlou a bola desde o início, tentando trabalhar suas jogadas diante de uma muralha defensiva argentina. Os sul-americanos, que não sofreram nenhum gol desde o início da fase eliminatória da Copa, permitia a troca de passes dos alemães antes da intermediária, mas bloqueava todos os espaços nos últimos 30 metros de seu campo. A aposta era no contragolpe, principalmente através das arrancadas de Lionel Messi. E foi com essa estratégia que a equipe do técnico Alejandro Sabella criou sua primeira chance, aos 3 minutos, com Higuaín batendo cruzado depois de jogada de Lavezzi. Os alemães tentavam responder acionando o jovem craque Thomas Müller, aberto pela direita, mas ele era perseguido de perto pelo lateral Rojo. Os contra-ataques argentinos eram alarmantes para os alemães, especialmente no lado defendido pelo pesado Höwedes, zagueiro improvisado na lateral esquerda. A Alemanha tentava abrir o placar procurando o recordista de gols Miroslav Klose, mas a dupla de zaga formada por Garay e Demichelis rebatia bem as jogadas aéreas.
Aos 20 minutos, a Argentina desperdiçou uma chance inacreditável. Toni Kroos vacilou, cortou uma bola alta na intermediária na direção do próprio gol e deu de presente para Higuaín, cara a cara com Neuer, sem nenhuma marcação. Ele pegou mal na bola, que saiu lentamente pela direita do gol alemão. Os argentinos faziam uma marcação fortíssima, induzindo a Alemanha ao erro e tentando sair em velocidade para o ataque, com a menor quantidade possível de passes até a finalização. Aos 27, num raro vacilo de seu bom sistema defensivo, a Argentina foi pega de surpresa numa enfiada de bola do capitão Philipp Lahm para Müller, que não conseguiu desviar para o gol. Romero rebateu. Aos 29, a torcida argentina explodiu no Maracanã quando Gonzalo Higuaín recebeu cruzamento de Lavezzi e empurrou para as redes. A alegria durou pouco: o árbitro italiano Nicola Rizzoli anulou o gol, por impedimento, marcado corretamente. No minuto seguinte, a primeira alteração do jogo: Joachim Löw teve de tirar Kramer (que já havia aparecido de surpresa na escalação, substituindo Khedira de última hora), machucado. O técnico alemão apostou no atacante Andre Schürrle.
Apesar de ficar mais tempo com a bola, a Alemanha acabava cometendo as faltas mais duras, e dois marcadores importantes, Schweinsteiger e Höwedes, foram advertidos com o amarelo. Aos 35, a Alemanha assustou de novo depois que Klose puxou o ataque pela esquerda e acionou Schürrle; o atacante bateu firme, exigindo boa defesa do Romero, mas a arbitragem marcou o impedimento no rebote, já que Ozil estava bem na frente do goleiro argentino. Quatro minutos depois, a Argentina perdeu mais uma chance claríssima, com Messi invadindo a área pela esquerda, chegando ao fundo e cruzando com extremo perigo. A bola atravessou a pequena área e foi salva por Boateng, que cortou antes que Lavezzi conseguisse finalizar. Aos 43, o troco alemão, com uma boa trama ofensiva: Klose roubou a bola na intermediária, Müller recebeu e avançou pela direita, Ozil dominou e cortou a marcação na meia-lua e Kroos bateu rasteiro. Romero agarrou com segurança. Já nos acréscimos do primeiro tempo, Höwedes subiu sozinho em escanteio batido por Kroos e carimbou a trave esquerda de Romero. Na primeira metade do jogo, o duelo entre o toque de bola dos alemães (que tiveram 63% de posse de bola, contra 37% dos oponentes) e os contragolpes perigosos dos argentinos terminava em igualdade, com boas oportunidades para os dois lados e uma partida com desfecho totalmente imprevisível.
Mudanças e tensão - A Argentina voltou para o segundo tempo com o ataque reforçado: saiu Lavezzi, que criou poucos lances de perigo, e entrou Sergio Agüero. Outra novidade foi a postura da equipe de Sabella, que começou atacando muito mais. Logo no primeiro minuto, foi a vez de Lionel Messi perder uma grande chance, invadindo a área pela esquerda e batendo rasteiro, para fora, num lance que o craque não costuma perdoar. A Alemanha não conseguia se encontrar no gramado e os argentinos aproveitavam, avançando suas linhas. Percebendo o bom momento, a torcida da seleção de Messi aumentava o volume de seus cantos no Maracanã. Por volta dos 10 minutos, contudo, os alemães restauraram o equilíbrio da partida, voltando a avançar ao ataque e a manter a bola por mais tempo em seus pés. Aos 13 minutos, Lahm foi ao fundo e cruzou para Klose, que subiu bem mas não acertou o cabeceio em cheio. Romero segurou com facilidade. A Alemanha crescia, retomando a superioridade mostrada durante parte da etapa inicial. Aos 18, Mascherano ficava pendurado ao acertar um carrinho por trás em Klose. No lance seguinte, foi a vez de Agüero ser advertido, depois de falta violenta em Schweinsteiger. A partida ficava mais tensa, com menos oportunidades de gol. Aos 28, Messi conseguiu se livrar da marcação, carregou para o meio e bateu de curva, mas para fora. 
Aos 31, nova troca no setor ofensivo argentino, com Higuaín dando lugar a Rodrigo Palacio. Mas era Messi o motor do ataque: logo depois da substituição, ele voltou a chamar o jogo e a responsabilidade, arrancando em velocidade pelo meio, mas esbarrando na zaga alemã. Os europeus responderam com uma boa sequência de ataques – num deles, aos 36, Toni Kroos apareceu de surpresa na entrada da área para finalizar rasteiro, para fora. Sabella usou sua última substituição para colocar Fernando Gago no lugar de Enzo Peres, que apareceu pouco na partida, limitando-se a compor o incansável sistema de marcação argentino. Löw respondeu colocando Mario Götze na vaga do recordista Klose, quase certamente em sua última aparição numa Copa. Assim como nas últimas duas edições do torneio, a decisão do Mundial chegava à prorrogação. E o tempo extra começou num ritmo eletrizante, com a Alemanha quase abrindo o placar num chute de Ozil, com menos de um minuto, e Messi respondendo num chute cruzado, no minuto seguinte. O nervosismo, porém, atrapalhava as duas equipes – aos 7 minutos, Palacio recebeu sozinho na área e optou por tentar um chapéu em Neuer. Boateng apareceu na cobertura e só deixou a bola sair pela linha de fundo. A primeira etapa da prorrogação mantinha a igualdade. Aos 4 minutos da segunda etapa, Schweinsteiger deixou o campo sangrando depois de levar um soco numa dividida pelo alto com Agüero, que já tinha amarelo. O árbitro italiano não viu a agressão. Logo em seguida, porém, a Alemanha festejava: aos 7 minutos, depois de linda jogada individual de Schürrle pela esquerda, Götze recebeu no miolo da área, matou no peito e fuzilou Romero, deixando a Alemanha às portas do tetra
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Torcedor da Alemanha durante o jogo contra a Argentina na final da Copa no Maracanã, no Rio
Torcedor da Alemanha durante o jogo contra a Argentina na final da Copa no Maracanã, no Rio - Ivan Pacheco/VEJA.com
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O ex-jogador espanhol Carles Puyol e a modelo Gisele Bündchen apresentam a Taça da Copa do Mundo na final no Maracanã, no Rio
O ex-jogador espanhol Carles Puyol e a modelo Gisele Bündchen apresentam a Taça da Copa do Mundo na final no Maracanã, no Rio - Laurence Griffiths/Getty Images    FONTE; VEJA