sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Falta d’água em escola salva crianças do acidente com avião de Eduardo Campos

Thiago Calil, do R7
Escola infantil fica ao lado do local onde caiu o avião que levava Eduardo Campos Reprodução/Facebook/Tassio Ricardo
A falta d’água salvou um grupo de crianças de um grande susto na manhã da última quarta-feira (13). Elas estudam na escola Flauta Mágica, localizada Rua Alexandre Herculano, 77, no Boqueirão, em Santos (SP), em frente ao local onde caiu o avião em que viajava o candidato à presidente Eduardo Campos.
A escola de educação infantil amanheceu sem água, resultado de uma obra de manutenção feita na madrugada pela Sabesp. Por causa disso, quando os pais chegavam com os filhos, as crianças eram dispensadas.
A bailarina Fernanda Iannuzzi, de 33 anos, é mãe da pequena Teodora, de 2. Ela conta que a filha foi deixada na Flauta Mágica pelo sogro às 7h40.
—Como era cedo, ela ainda ficou lá. As tias disseram que, se a água não voltasse, era para buscá-la. Meu sogro chegou em casa e já voltou para pegar a Teodora.
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A mãe explica que estava trabalhando em Praia Grande (SP) no momento do acidente e não ficou sabendo do que havia acontecido. Só quando chegou em casa teve noção da gravidade do caso.
— Foi uma sensação de alívio pela minha filha e tristeza pelos outros.
A escola não foi atingida diretamente pelos destroços do avião. Mesmo assim, segundo a mãe, alguns vidros da unidade, que trabalha com crianças de até 3 anos, ficaram quebrados pelo impacto do acidente.
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A Sabesp explicou que o corte no abastecimento foi realizado na madrugada para a substituição de 25 metros de uma tubulação de grande diâmetro na esquina da Av. Pinheiro Machado (Canal 1) com a Rua Marquês de São Vicente, no bairro José Menino, em Santos. Ainda segundo a companhia, a distribuição de água voltou de forma gradual e foi normalizada ainda na manhã de quarta-feira.
Mas, para Fernanda, o importante é que a escola amanheceu de torneiras secas. Ela não gosta nem de imaginar como seria se as crianças estivessem lá.
— Poderia causar uma situação de pânico, as crianças poderiam ficar assustadas. Não sei como as tias iriam reagir.
No momento, as aulas estão suspensas e não há previsão, segundo a mãe, de quando as atividades serão normalizadas. A adutora que passou por manutenção é responsável pelo abastecimento em 14 bairros de Santos, entre eles o Boqueirão. Até o fechamento da reportagem, ninguém da escola foi encontrado para comentar o caso.

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