segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Irã acusa Israel de atentado contra cientista


Um cientista que trabalhava na usina nuclear de Natanz, no Irã, foi morto hoje em uma explosão misteriosa nas redondezas da Universidade de Teerã. O vice-governador da capital iraniana, Safar-Ali Baratloo, acusou Israel de estar por trás do ataque. O incidente lembra atentados parecidos contra pessoas que trabalham no programa nuclear iraniano ocorridos há pouco mais de um ano.

Segundo testemunhas citadas pela agência oficial Isna, um motociclista colocou uma bomba embaixo do carro de Mostafa Ahmadi Roshan poucos minutos antes da explosão. O engenheiro Ahmadi Roshan, que há nove anos se formou em Química na Universidade Sharif, era o vice-diretor para assuntos comerciais da central de Nantanz, destacou a agência. A usina de Natanz é o principal centro de enriquecimento de urânio do Irã e conta com 8 mil centrífugas. Outras duas pessoas que estavam no veículo ficaram feridas.

Ahmadinejad obtém apoio de Ortega para seu programa nuclear

O ataque ocorre em um momento em que o presidente iraniano realiza uma viagem à América Latina. Na segunda escala na sua viagem à região, Mahmud Ahmadinejad, aproveitou a cerimônia de posse do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, para voltar a alfinetar o Ocidente. Em plena crise com as grandes potências por causa do programa nuclear do seu país, o presidente iraniano reiterou que as intenções do país são pacíficas. Ahmadinejad declarou ainda que o Irã "luta para estabelecer a solidariedade e a justiça" no mundo e disse que as suspeitas de que o Irã esteja produzindo uma bomba nuclear são "motivo de risada".

As declarações do iraniano foram endossadas por Daniel Ortega. No discurso de posse do seu terceiro mandato, Ortega, alinhado com seu colega iraniano, atacou os Estados Unidos, classificou de "crime" a morte de Muammar Kadafi e pediu que Israel destrua seu arsenal nuclear para facilitar o processo de paz no Oriente Médio. A Nicarágua rompeu relações diplomáticas com Israel em 2010.

Nesta quarta-feira, Ahmadinejad segue para Cuba onde encontra o presidente Raul Castro. A turnê de cinco dias é uma tentativa de Ahmadinejad de romper o isolamento internacional. Seu giro latino-americano termina com mais um aliado no continente: o Equador.

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