O trabalho de parto humanizado com a presença da família existe desde 2007 na maternidade e faz partos com métodos que diminuem a dor durante as contrações, que podem ser sentado ou de cócoras. Porém, esta foi a primeira vez que uma gestante aceitou dar à luz na água.
A agente de saúde Daiane Kelly foi a pioneira. Grávida do primeiro filho, ela passou quase nove horas em trabalho de parto e acredita que o procedimento diminuiu o sofrimento que de costume ataca as mulheres no momento de dar à luz. "Quando começaram as contrações as médicas falaram que iriam diminuir as dores e eu acreditei e realmente elas diminuíram", disse.
O marido dela, Eliab Rodrigues, ficou o tempo todo ao lado da mulher. "Nunca pensei em fazer parte desse acontecimento, mas as meninas me tranquilizaram e eu até cortei o cordão umbilical. É uma coisa incrível", relatou emocionado. O projeto da maternidade propõe um parto com menos interferência da medicina. Uma das vantagens é que esse tipo de parto pode diminuir as dores na mulher na hora de dar à luz e também no período pós-parto.
No Brasil, por causa do medo da dor, quase 50% das mães preferem o parto cesariano, segundo o Ministério da Saúde. A médica responsavel pelo trabalho acredita que o medo das mães dificulta a escolha por esse tipo de parto, mas na verdade ele é cheio de benefícios. "É totalmente seguro. Só não pode fazer este parto se existir alguma condição que leve ao sofrimento fetal, porque se o bebe estiver sofrendo dentro da barriga, ele pode respirar e ingerir líquido. Mas o bebê saudável não vai se afogar, ele vai nascer e é um nascimento lindo", argumentou a obstetra Melânia Amaral.
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