"Shaolin presta atenção nas pessoas", revelou nesta sexta-feira (30) Laudiceia Veloso, a esposa do humorista paraibano Francisco Jozenilton Veloso. Em entrevista ao G1, ela falou sobre a rotina de cuidados com o marido um ano e dois meses após o acidente automobilístico ocorrido na BR-230, na Paraíba.
"Ele tem uma vontade de viver, uma força interior muito grande. Percebemos todos os dias pelo olhar que ele quer se superar cada vez mais", explicou.
"Ele tem uma vontade de viver, uma força interior muito grande. Percebemos todos os dias pelo olhar que ele quer se superar cada vez mais", explicou.
Shaolin é submetido a uma rotina diária de exercícios fisioterapêuticos e é acompanhado por uma equipe multidisciplinar em casa, em Campina Grande. Segundo a esposa, ele apresenta um estado mínimo de consciência e está cada vez mais atento ao que se passa em seu redor e às visitas que recebe.
"Ele dorme, acorda, presta atenção nas pessoas. Só não consegue movimentar o corpo nem falar ainda, mas pela forma como ele observa os fatos que acontecem à sua volta, nós percebemos que ele está entendendo o que se passa. Quando peço para ele olhar para alguma visita, ele olha", revelou.
Conforme Laudiceia, além da fisioterapia diária ele tem sessões de fonoaudiologia três vezes por semana, é acompanhado por neuropsicóloga semanalmente e é avaliado mensalmente por um neurologista e um clínico geral. Devido à evolução da interação de Shaolin com a família, o clima é de esperança para que ele volte a se comunicar.
"Estamos esperançosos desde o início. A gente sabe que é uma batalha difícil, mas ele evolui a cada dia, nunca teve uma regressão", comenta. Segundo ela, grande parte da força que a família tem para persistir no tratamento vem dos fãs do humorista. "Agradecemos a todas as pessoas que oram e que aguardam com paciência a evolução dele. Também à imprensa que tem nos preservado neste momento", disse.
Primeira audiência de instrução e julgamento ocorreu
em fórum de Campina (Foto: Karoline Zilah/G1)
em fórum de Campina (Foto: Karoline Zilah/G1)
Julgamento
Começou no dia 13 de março o julgamento do motorista Jobson Clemente Benício, indiciado pela Polícia Civil pelo crime de lesão corporal e denunciado pelo Ministério Público da Paraíba como responsável pelo acidente com Shaolin. O caso é avaliado pelo juiz Wandenberg de Freitas Rocha, da 4ª Vara Criminal de Campina Grande.
Começou no dia 13 de março o julgamento do motorista Jobson Clemente Benício, indiciado pela Polícia Civil pelo crime de lesão corporal e denunciado pelo Ministério Público da Paraíba como responsável pelo acidente com Shaolin. O caso é avaliado pelo juiz Wandenberg de Freitas Rocha, da 4ª Vara Criminal de Campina Grande.
Na ocasião, foram ouvidos policiais rodoviários federais, pessoas que participaram do socorro a Shaolin e a esposa Laudiceia, como declarante. Após o procedimento, o juiz expediu cartas precatórias para os fóruns das cidades de Ingá, Sousa e Sapé, onde também deverão ser ouvidas testemunhas de defesa e acusação. Depois de receber o conteúdo dos últimos depoimentos e de ouvir as considerações finais da promotoria, da defesa da família de Shaolin e da defesa de Jobson Clemente, o juiz deverá dar sua sentença.
O acidente aconteceu em 18 de janeiro de 2011 na rodovia federal BR-230, em Campina Grande. No mesmo dia, Shaolin foi socorrido e internado no Hospital de Emergência e Trauma da cidade. Pouco tempo depois foi transferido para o Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde foi submetido a cirurgias e ficou internado por cerca de cinco meses. Desde que recebeu alta, permanece em casa sob os cuidados da família.
Sobre o julgamento do caminhoneiro envolvido na colisão, a família prefere não comentar e diz que está concentrada na recuperação do humorista, em vez de fazer especulações sobre a condenação ou absolvição do réu. "Sobre o julgamento não compete a mim comentar", declarou Laudiceia.
g1 pb
Sobre o julgamento do caminhoneiro envolvido na colisão, a família prefere não comentar e diz que está concentrada na recuperação do humorista, em vez de fazer especulações sobre a condenação ou absolvição do réu. "Sobre o julgamento não compete a mim comentar", declarou Laudiceia.
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