Um homem de 26 anos, que estava internado desde o dia 17 de janeiro no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, morreu na quarta-feira (28) infectado pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC). O diretor técnico Flaubert Cruz informou nesta quinta-feira (29) que, apesar dos exames confirmarem a presença da bactéria, a causa da morte teria sido um quadro agravado de traumatismo craniano.
"Ele tinha uma doença de base grave e acabou sofrendo uma intercorrência. O paciente quando está internado há mais de um mês tende a desenvolver algum tipo de infecção hospitalar, mas no caso dele não foi de forma agressiva", explicou.
Conforme a direção, o paciente deu entrada no dia 17 de janeiro apresentando um trauma craniano grave devido a crises convulsivas. Ele foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu até 8 de março. Segundo Flaubert, durante uma infecção urinária grave, a equipe médica diagnosticou a presença da superbactéria e iniciou o tratamento com antibióticos específicos.
"Ele evoluiu com piora progressiva do quadro, diante do traumatismo craniano. A KPC foi uma intercorrente dentro do ambiente hospitalar, mas não causa determinante do óbito. A equipe que tratou dele o isolou e tomou todas as medidas necessárias para evitar contaminação de outros pacientes", informou o diretor técnico.
Segundo Flaubert Cruz, o caso foi comunicado à Secretaria Estadual de Saúde. A reportagem procurou a assessoria de imprensa da pasta para obter informações sobre a quantidade de diagnósticos de superbactéria este ano na Paraíba, porém não foi enviada resposta até as 9h50.
O médico explicou que a superbactéria é de origem hospitalar resistente a grande parte dos antibióticos. Por ser muito agressiva, leva os paciente a óbito em cerca de 20% dos casos. Sempre que um caso é identificado, a equipe médica é orientada a tomar providências específicas. "As primeiras medidas são o isolamento do paciente e a definição de uma única equipe que irá tratá-lo com paramentação própria, máscara e outros equipamentos, além de uso de antibióticos específicos. O acompanhemtno é feito por meio de culturas para avaliar se a bactéria está adquirindo mais resistência ao longo do tratamento", explicou Flaubert.
Do G1 PB
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