

Mãe da criança, Silvia Alencar, de 43 anos, afirma que esta não é a primeira vez que o material didático distribuído pela Prefeitura possui problemas de informação e editoração. "Os erros são constantes. No ano passado, a professora chegou a pedir para os alunos apagarem palavras da apostila com liquid paper ou então para pularem a matéria. Sei que não é um problema da escola, que tem professores muito competentes. O problema é que o governo não está nem aí para nada. Não existe filho de nenhum deles [governantes] estudando no Brasil. Vão para o exterior estudar e voltam para sacanear o povo", reclama indignada.

(Foto: Isabela Marinho/ G1)
"Para um aluno que está aprendendo, faz diferença um número ter ponto e o outro não. Como ele vai entender a diferença entre as casas decimais?", questiona a mãe da criança.
Rodrigo de Alencar ressalta a queda na qualidade do material escolar do período em que estudou em uma escola municipal — de 1995 a 2000 — para os dias atuais. "Eu estudei com livros que tinham impressão colorida. Agora o governo oferece uma apostila impressa em preto e branco, em um papel de baixa qualidade e com erros absurdos de informação".
Procurada pelo G1, a secretaria municipal de Educação disse que os erros no Caderno Pedagógico de Matemática do 5° ano do 2° Bimestre foram identificados e a errata foi encaminhada para todas as escolas da rede na sexta-feira (10). No entanto, até a publicação desta matéria, o aluno da Escola Municipal Professor Augusto Cony ainda não tinha recebido o novo material. A secretaria informou ainda que, quando erros são identificados, a determinação dada aos professores é para que os mesmos orientem os seus alunos para que façam as alterações necessárias.
A Secretaria Municipal de Educação esclareceu que os Cadernos Pedagógicos são elaborados pelos próprios professores da rede municipal e os cadernos de Matemática são supervisionados pela professora doutora Suely Druck.
Suely Druck afirmou que é responsável somente pela revisão da parte de matemática dos Cadernos Pedagógicos e que textos e tabelas que tenham erros de geografia e português são revisados por outros profissionais posteriormente.
Quanto à pontuação numérica, a professora disse que não existem erros, já que a norma adotada no Brasil é só usar pontos quando o numeral é referente a dinheiro. Para Suely, as diferentes formas apresentadas na apostila são importantes para o conhecimento geral do aluno, que deve aprender as várias maneiras de se escrever o número.
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