quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Família descobriu morte de lutador brasileiro na Suíça pela web, diz mãe

Henrique Porto Do G1 Rio

Luiz Wagner era lutador de MMA, segurança e já fez trabalhos como modelo (Foto: Arquivo pessoal)Vagner Luis era lutador de MMA, segurança e já fez
trabalhos como modelo (Foto: Arquivo pessoal)
Parentes do lutador fluminense Vagner Luis Cardoso, morto a tiros na noite do último sábado (17) em Zurique, na Suíça, tomaram conhecimento do óbito por meio de mensagens publicadas por amigos na página pessoal do Facebook do atleta.
De acordo com a mãe de Vagner, a dona de casa Cristina de Fátima Cardoso, quem viu as primeiras mensagens de pêsames foi a prima do lutador.
"No último domingo, uma das minhas sobrinhas foi procurar notícias dele no Facebook. Foi aí que ela encontrou as mensagens deixadas pelos amigos do Vagner", disse Cristina. "Não sabíamos de nada. E, se ela não tivesse entrado na internet, não saberíamos nunca. Ficaríamos como bobas."
Segundo a polícia local, uma mulher suíça de 31 anos foi presa pelo crime, que aconteceu em um apartamento em Affoltern, segundo o site “The Local”. Já de acordo com o site “20 Minuten”, a mulher confessou ter feito diversos disparos contra Luís, segundo afirmou o promotor Matthias Stammbach. Uma violenta discussão foi ouvida no local antes dos disparos.
'Filho ideal'
Foto reproducao
Vagner tinha 34 anos e nasceu no distrito de Dorândia, em Barra do Piraí, no sul do estado do Rio de Janeiro. Antes de se mudar para a Suíça, em 2001, chegou a passar três anos na Alemanha, onde, segundo a família, trabalhou como modelo. Chegou, inclusive, a gravar um comercial para a TV alemã.
Já em Zurique, passou a trabalhar como segurança de um cassino, além de lutar kickboxing. Em janeiro de 2012, participou do esquema de segurança do jogador de futebol argentino Lionel Messi, durante a cerimônia de entrega do troféu Bola de Ouro. A premiação é uma iniciativa da Fifa, em conjunto com a revista “France Football”.
Era pai de uma menina brasileira, de 14 anos, e de um menino suíço, de 2.
"Era uma pessoa que me apoiava muito. Quando estava aborrecido, me ligava para conversar. Não foi assumido pelo pai, então foi criado comigo. Era muito dócil, esforçado e sério. Não bebia e não fumava. Era o filho ideal", conta a mãe, emocionada. "Nunca precisei me preocupar com o Vagner, porque sempre soube quem ele era", destacou Cristina, que encontrou-se com o filho pela última vez em 2009, quando Vagner visitou a família em Dorândia.
A prima do lutador que descobriu o óbito pela internet, a dona de casa Mônica Andrea Barboza, explicou que a família, agora, busca poder trazer o corpo de Vagner para o Brasil. "Minha tia (mãe de Vagner) não tem condições de pagar o traslado. Já entramos em contato com o Itamaraty e com o Consulado da da Suíça, e nos disseram que é muito caro", esclareceu Mônica, que também protestou em razão da abordagem do caso dada pelos suíços.
"Meu primo está sendo mal visto pela imprensa da Suíça, enquanto a assassina não teve nem o nome revelado. Será que é por que ele é brasileiro? Vagner era um homem de bem e amado por todos."

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