Período junino é propício para aumentar lucro dos empresários do setor e este ano a Copa do Mundo impulsionou mais as vendas.
Alexsandra Tavares
No bairro pessoense do Cristo Redentor, onde se concentram cerca de 15 barracas que comercializam fogos de artifício, um dos estabelecimentos que vem registrando aumento na receita é o Bazar São João. “A procura por fogos está bem maior do que junho do ano passado e já registramos um aumento de 70%. É como se estivéssemos vivendo dois períodos de São João”, afirmou o proprietário do local, Willamis de Souza.
Mas com a grande demanda, a oferta diminui e os preços de alguns fogos também aumentaram. A caixa do foguete de 13 tiros, por exemplo, no início do ano era vendido por R$ 15,00 e hoje já custa R$ 20,00. A bomba cordão, que era vendida por R$ 0,25 a unidade subiu para R$ 0,40. A caixa da bomba chilena com 80 unidades custava R$ 4,00 e agora é encontrada por R$ 5,00.
A proprietária do Bazar São Jorge, Edileuza Muniz, também não tem do que reclamar. Além dos fogos, ela vende chapéus de palha e balões, mas o carro chefe da barraca são os fogos. “Este ano está bastante procurado”, disse.
A dona de casa Graça Guedes estava na manhã de ontem comprando fogos de artifício no bairro do Cristo Redentor e confessou que percebeu a alta no preço de alguns produtos.
“Estou comprando para a Copa e São João. Em grande quantidade a gente tem um desconto de até 15%, então costumo comprar cerca de 100 unidades de fogos variados de uma só vez. Alguns deles, como o saco de traque custava R$ 4,00 e agora é vendido a R$ 6,00. Mas como já é tradição, não deixo de levar”, afirmou Graça.
No Bazar da Viuvinha, a proprietária Creuza Toledo afirmou que já percebeu um aumento de 60% no faturamento este ano comparado ao ano passado. “E nos dias de jogos as vendas aumentam em 100%. E a expectativa é que melhore mais se a Seleção brasileira ganhar”, confessou.
COMERCIANTES RESERVAM ESTOQUE PARA SÃO JOÃO
Com a grande procura por fogos de artifício, alguns comerciantes incrementaram o estoque em até 15% para atender todos os clientes. Mas há empresário que não descarta a possibilidade de ainda faltar produto no mercado. “Se o pessoal deixar para comprar na última hora, fica difícil darmos desconto por causa da escassez de alguns fogos, que podem até faltar. Estamos repondo a mercadoria, mas no final de junho sempre acaba um produto ou outro”, afirmou a dona do Bazar da Viuvinha, Creuza Toledo.
No Bazar São João, o empresário Willamis de Souza destacou que expandiu em 10% a quantidade dos produtos oferecidos. “Não podemos acumular mais porque não temos espaço”, contou.
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