O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que chegou a ser barrado pela Lei da Ficha Limpa nas eleições de 2010, já é alvo de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). São dois inquéritos de autoria do Ministério Público Federal e do Ministério Público Eleitoral. Os processos são anteriores ao mandato de Cássio no Senado e mudaram de instância porque ele passou a ter foro privilegiado.
As investigações são de supostos crimes eleitorais e de crimes contra a lei de licitações.
O inquérito 3388 chegou ao Supremo em 20 de dezembro de 2011 e está sob a relatoria do ministro Cézar Peluso. A ação foi movida pelo Ministério Público Eleitoral e, além de Cássio Cunha Lima, investiga o vice-governador Rômulo Gouveia (PSD). A investigação apura se os dois cometeram crimes eleitorais durante as eleições de 2008, quando Rômulo disputava a prefeitura de Campina Grande e Cássio era o governador da Paraíba.
“O inquérito diz respeito a um evento ocorrido no Hotel Garden durante as eleições de Campina Grande. Foi movida uma representação que apontava que não houve prestação de contas desse evento e que servidores teriam sido liberados do expediente para participar”, disse o advogado de Cássio, Luciano Pires, em entrevista ontem ao JPonline. Ele disse que já constam no inquérito os documentos que comprovam que não houve irregularidade.
“Houve sim prestação de contas, temos um documento do hotel, e foi comprovado que o evento aconteceu às 19h, portanto, depois do expediente”, completou Luciano Pires. O advogado disse ainda que o processo foi movido em função de uma representação do senador Vital do Rêgo Filho (PMDB), que na época era deputado federal.
Luciano informou que o inquérito estava tramitando na Polícia Federal de Campina Grande e foi levado para o Supremo apenas porque Cássio tomou posse antes que ele fosse concluído.
Fonte: JP
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