Quatro
companhias aéreas vão construir novas rotas entre as cidades do
interior e as capitais do Nordeste: Azul/Trip, Passaredo, Avianca e Voa
Brasil, conforme acordado em reunião, ontem, na sede da Superintendência
do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Recife (PE). O centro das
rotas (HUB) será a cidade de Petrolina (PE), onde acontecerão as trocas
de aeronaves. Na Paraíba, Campina Grande e Patos serão beneficiadas. A
próxima reunião acontecerá no dia 13 de setembro.
Ontem, os
representantes das companhias acordaram de fazer o levantamento e estudo
das necessidades que terão para construir as rotas. As demandas
detectadas serão apresentadas no próximo encontro. Para a operação dos
voos, as companhias terão isenção de impostos dos estados, como o ICMS, e
demanda de crédito tanto da Sudene, quanto do BNB e BNDES.
A
assessoria de imprensa da Sudene informou que a construção das linhas
aéreas nas cidades do interior entre si e com as capitais faz parte de
um projeto maior que ainda será anunciado pela presidenta Dilma
Rousseff.
Os municípios que serão contemplados na primeira fase
do projeto são: Imperatriz (MA), Parnaíba (PI), Juazeiro do Norte (CE),
Petrolina (PE), Campina Grande (CG), Mossoró (RN), Paulo Afonso,
Barreiras, Ilhéus e Porto Seguro (BA), Linhares (ES) e Montes Claros
(MG).
Na segunda etapa do projeto serão contemplados os
municípios de Balsas (MA), Bananeiras e São Raimundo Nonato (PI), Arco
Verde (PE), Jijoca e Aracati (CE), Patos (PB), Lençóis (MA), Vitória da
Conquista e Luis Eduardo Magalhães (BA).
Também participaram da
reunião secretários de Turismo e representantes da Empresa Brasileira de
Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e de bancos públicos, como BNB e
BNDES.
As quatro companhias que criarão os voos fazem parte do
consórcio que atua na aviação executiva na região. O objetivo é
estruturar uma malha aérea que permita a ligação direta entre todas as
capitais nordestinas e algumas cidades do interior.
O executivo
da Sudene, Adonias Oliveira, informou que alguns dos pontos discutidos
na reunião foram a necessidades como financiamento para a compra de
novas aeronaves, pelas empresas aéreas; melhoria da infraestrutura dos
acessos e dos aeroportos; cumprimento da Lei do Uso do Solo, protegendo
os aeroportos de construção de imóveis próximos aos equipamentos;
política de redução de tributos, em especial, do combustível de aviação.
A
intenção é fazer com que essa nova malha aérea esteja sendo colocada em
prática já na próxima estação de verão, no final deste ano, início de
2013. Um dos principais trunfos que serão expostos para as companhias
aéreas será a pujança da economia do Nordeste, a segunda da América
Latina e com um imenso potencial de crescimento.
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