quarta-feira, 11 de abril de 2012

Dados para clonagem de cartões na PB eram enviados pela web, diz PC

Karoline Zilah Do G1 PB, com informações da TV Paraíba

Polícia apreendeu notas fiscais que comprovariam compras ilegais (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Polícia apreendeu notas fiscais que comprovariam
compras ilegais (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
O homem preso nesta quarta-feira (11) em Campina Grande suspeito de comandar um esquema de falsificação de cartões de crédito na Paraíba recebia pela internet os nomes das vítimas e os números de documentos que seriam clonados. A informação é da delegada de Defraudações Renata Dias, que concedeu entrevista coletiva na Central de Polícia Civil para anunciar o que foi descoberto durante os cinco meses de investigações que culminaram com a Operação Crédito livre.
Uma segunda pessoa foi detida para averiguação por suspeita de participação nas fraudes. Conforme a delegada, o contato do suspeito seria um morador de Recife, capital pernambucana. A mesma pessoa também seria responsável por enviar cartões em branco, para que o morador de Campina Grande imprimisse etiquetas com os dados e colasse nas peças. Todo o processo de clonagem seria feito dentro da casa do homem preso, no bairro José Pinheiro.
O suspeito é proprietário de um lava-jato em Campina. Segundo a delegada, no estabelecimento dele foram encontrados 342 cartões, alguns já prontos e outros em branco. A Polícia Civil acredita que o comerciante fazia compras no valor médio de R$ 1 mil diariamente, com um prejuízo mensal estimado em R$ 40 mil. O lucro viria da revenda dos produtos adquiridos com os cartões clonados.
Entre os artigos apreendidos estão um carro, pares de tênis, aparelhos de televisão e som, uma máquina fotográfica, computadores de mesa e portáteis, garrafas de uísque, celulares, um revólver calibre 38 e munições. Os policiais também encontraram notas fiscais que comprovariam as compras ilegais e uma maquineta de operadora de cartão de crédito.
Polícia Civil apreendeu cartões de crédito em branco e outros já clonados (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Na casa do suspeito foram encontrados 342 cartões
clonados e em branco (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Além do comércio local, as compras também teriam sido feitas em estabelecimentos de outras cidades da Paraíba e de outros estados do Nordeste. Segundo Renata Dias, o objetivo da Polícia Civil agora é identificar o fornecedor dos cartões em branco e dos dados das vítimas, que atuaria em Recife. A Delegacia de Defraudações também investiga se outras pessoas da Paraíba davam apoio ao esquema.

A delegada alertou que as pessoas que tiveram seus dados utilizados nas compras e receberam as contas a pagar não serão prejudicadas. Segundo ela, as empresas que fizeram as vendas ao suspeito sem exigir o documento de identidade dele deverão arcar com as despesas. Ela orientou que as vítimas procurem a Central de Polícia ou a delegacia de Polícia Civil mais próxima para tentar regularizar a situação.

 http://g1.globo.com/paraiba/noticia/2012/04/dados-para-clonagem-de-cartoes-na-pb-eram-enviados-pela-web-diz-pc.html EM 11/04/12

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