Com a celebração da Ceia do Senhor ou como se tornou mais conhecida, a Missa do lava-pés, temos diante dos olhos a antecipação feita por parte de Cristo, de todas as consequências do seu amor sem reservas pela humanidade. Tendo amado os seus que estavam no mundo, Jesus os amou até o fim! Esta imagem do Cristo que se abaixa para lavar os pés dos seus, deve evocar em nós, o desejo de humildade e de mansidão, de respeito aos outros e de não acepção de pessoas, pois com a mesma água e com o mesmo amor, Jesus lavou os pés de todos, desde o discípulo amado, até o traidor!
Este ato litúrgico do lava-pés, deve revelar o que trazemos no coração. E dentro do peito deve pulsar a certeza de que seguindo a Jesus, devemos estar a serviço no mundo, serviço aos outros e a toda criação, em defesa da vida em todos os seus momentos. Já no Antigo Testamento vemos este gesto, pois em Gn 18, 4 lemos que Abraão acolheu Deus na figura dos três homens que o visitaram. Para o Antigo Testamento este era um gesto de acolhimento. Retomando este gesto, Jesus acolhe a toda a humanidade na casa de seu Pai ao mesmo tempo em que por nós se entrega. Ajoelhado, Jesus é aquele que se entrega aos que ama, porque quem está ajoelhado, nem pode fugir, nem pode se defender de nada. Cabe a nós uma pergunta: o que faremos com Jesus que se coloca a serviço da humanidade fazendo a oferta de sua própria vida? O fato de estar abaixado para lavar os pés dos discípulos põe Jesus na condição de indefeso, sinal de seu desejo de se entregar a cada um de nós como dom.
O passo seguinte é se colocar à mesa com seus seguidores, esta será a última vez que Jesus terá o seu grupo reunido ao seu lado. Tomando o pão, deu graças, partiu-o e deu aos discípulos dizendo: “Tomai todos e comei, isto é meu corpo” Jesus “deu graças”, essa expressão, no idioma em que foi escrita é eukaristein, de onde deriva o termo eucaristia. A afirmação de que partiu o pão indica que todos comeram de um mesmo pão partilhado, significando a comunhão entre Cristo e a Igreja. A expressão “Isto é o meu corpo”, significa isto sou eu mesmo. Jesus é que alimenta a Igreja e dá vida a ela enquanto caminha rumo ao reino definitivo. O pão fracionado e entregue aos discípulos representa a totalidade da vida oferecida a Deus e à humanidade. A eucaristia que recebemos nos alimenta para o amor e para a vida.
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