O farol foi construído em 1972. No alto da falésia, duas áreas já desmoronaram e foram cercadas pela Defesa Civil para impedir o acesso dos visitantes.
“Por ser uma falésia ativa, ou seja, que tem interação direta com o mar, ela é o tempo todo esculpida pela erosão de todos os tipos e isso causa o seu recuo erosivo”, explicou Guimarães. “Se permanecer com esta taxa de recuo, diagnosticada pelos estudos que foram elaborados para a área, em aproximadamente duas décadas, o Farol do Cabo Branco tende a cair”.
Na
foto, aparece a ponta do Farol do Cabo Branco em meio às árvores. Ao
lado, a estação Cabo Branco, projetada por Oscar Niemeyer. (Foto: Felipe
Gesteira/Secom João Pessoa/Divulgação)
Segundo a bióloga e ambientalista Rita Mascarenhas, a falésia iria cair
naturalmente, mas o processo foi acelerado. “Ela iria sofrer erosão com
o passar dos anos, normalmente. Mas o ser humano construiu prédios,
como a Estação Cabo Branco, colocou asfalto, desmatou e, por isso, o
solo ficou frágil e não está aguentando mais", justifica.Para Rita, os fatores econômicos que envolvem aquela área tornam necessários um projeto de contenção da erosão.
Segundo dados da Semam, João Pessoa tem aproximadamente 24,5 km de litoral e o Farol do Cabo Branco tem a maior visitação turística no município, com mais de 70% de procura. Logo em seguida, está a Estação Cabo Branco, projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada em 2008, que também está situada naquela área.
Cida
Costa, proprietária de um comércio no alto da falésia, mostra área
deslizamento isolada com cerca de madeira. (Foto: Krystine Carneiro/G1)
A empresária Cida Costa, que possui um comércio no alto da falésia, diz
que não tem medo, apesar de uma parte da área turística ter deslizado
bem na frente da sua barraca, durante uma madrugada. “Estou aqui há 31
anos e não vou embora por causa de uma coisa que nem aconteceu ainda”,
conta.Com o perigo de deslizamento no local, o acesso a carros no espaço em frente ao farol foi proibido. Um projeto do governo prentende conter a erosão na área da Falésia do Cabo Branco. A intervenção proposta para a área é um "enrocamento aderente" (rochas colocadas) na linha da costa, com o objetivo de dissipar a energia das ondas que batem na falésia. Além disso, serão instalados quebra-mares na Praia do Seixas. As obras estão previstas para começar até janeiro de 2013.
FONTE: GLOBO NATUREZA COM INFORMAÇOES DO G1 PB
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