quarta-feira, 27 de junho de 2012

Parque do Povo tem variados tipos de cachaça no São João deste ano

Fonte : Rafael Melo Do G1 PB

Em Campina Grande, tem até cachaça no sabor cebola (Foto: Rafael Melo/G1)Em Campina Grande, tem até cachaça no sabor
cebola (Foto: Rafael Melo/G1)
As festas juninas nasceram como forma de retribuir aos santos as graças alcançadas e você já deve ter ouvido alguém, antes de ingerir bebida alcoólica, dizer que a primeira dose é sempre para o santo. Enfim, tomar aquela cachaça é tradição nas festas de São João e em Campina Grande, cidade em que acontece uma das maiores festas juninas do mundo, não pode ser diferente. O Parque do Povo, local das festividades, oferece variados tipos da bebida e a reportagem do G1 encontrou as mais faladas entre os apreciadores da bebida.
Logo na entrada do Parque do Povo pela parte superior o visitante encontra a cachaça do Bruxo, bebida conhecida na cidade. O dono do empreendimento e bruxo José da Silva ganhou o apelido por causa das composições que criou. São doze sabores da cachaça brejeira, que é preparada com ingredientes diferentes, como café, baunilha, capuccino, menta. A bebida é mais doce e comercializada a R$ 5 e cerca de 100 garrafinhas de 200 ml são vendidas todos os dias.
Cachaças sabor café, capuccino, morango e canela são algumas das opções que o público vai encontrar em Campina Grande (Foto: Rafael Melo/G1)Cachaças sabor café, capuccino, morango e canela são algumas das opções que o público vai encontrar em Campina Grande (Foto: Rafael Melo/G1)

Alguns passos à frente e o apreciador encontra uma cachaça muito famosa na cidade e que só é comercilizada na festa realizada no mês de junho. O drink "Bom que dói" tem nome diferente e gosto também. A cachaça utilizada é a brejeira e preparada com leite condensado ou açúcar, além de uma planta, não revelada pela comerciante Franciilda dos Santos para não divulgar o segredo.
Drink "Bom que dói" leva leite condensado ou açúcar, além de um tipo de planta (Foto: Rafael Melo/G1)Drink 'Bom que dói' tem leite condensado e ainda
um tipo de planta (Foto: Rafael Melo/G1)
Francilda ou Fia, como é conhecida pelos frequentadores do parque, é quem prepara a bebida e além de vendedora ela é também apreciadora. "Eu vou fazendo e vendendo e bebendo também. Já estava me preparando para tomar uma dose", revelou a vendedora. A cachaça é vendida em doses que custam R$ 1 e cerca de 30 litros são comercializados por dia, em média mil doses. Junto à dose, uma uva é entregue para diminuir o efeito forte do álcool.
A cliente Sonidelande Marçal disse que a cachaça é viciante. "Olhe, evite o primeiro gole porque depois que ela pega esquenta logo as orelhas e os pés e sai queimando tudo", descreveu a consumidora.
Do outro lado do parque na entrada do portal, local que serve como referência de diversão dos jovens no espaço, a cachaça Dona Encrenca é vendida todas as noites. O nome diferente também chama a atenção dos degustadores, para não dizer cachaceiros. A idealizadora explica que o marido colocou este nome porque na primeira vez que provou da bebida arrumou uma confusão com a esposa, que é dona do engenho que fabrica a cachaça.
Cachaça Dona Encrenca é brejeira de alambique de cobre (Foto: Rafael Melo/G1)Cachaça Dona Encrenca é brejeira de alambique
de cobre (Foto: Rafael Melo/G1)
A cachaça é brejeira de alambique de cobre. Segundo Eliane Carvalho, dona do engenho, o material do alambique influencia no resultado final e deixa mais saborosa a caninha. A composição leva 49% de álcool e a garrafa de 20 ml é vendida a R$ 5 em garrafas de plástico. Também é possível levá-la em garrafas de vidro cobertas por palha.
A barraca da Dona Encreca fica mais exatamente dentro da cidade cenográfica da Vila Nova da Rainha e ainda vende o Quentão Nordestino, uma cachaça com mel de rapadura que é servida gelada por R$ 2,50. Marluce Amâncio de Lima é de Recife e esteve pela primeira vez em Campina Grande. Ela provou do quentão e disse: "Ela esquenta. Vai subindo um calor. Eu dei dois goles e já estou quente".
O apreciador na verdade não precisa nem entrar no Parque do Povo para ter acesso às cachaças típicas da região. Na rua Frei Caneca, paralela ao parque, um bar especializado em cachaça comercializa mais de 600 tipos da bebida preferida dos nordestinos. Além das marcas regionais em garrafas tradicionais, há várias prateleiras com bebidas dentro de potes de vidro e com uma grande variedade de misturas. O cliente pode provar cachaça de pêra, goiaba, uva, cupuaçu e várias outras.
Cachaça Xixi de Anjo é uma das mais fracas (Foto: Rafael Melo/G1)Cachaça Xixi de Anjo é uma das mais fracas (Foto: Rafael Melo/G1)
Não são apenas frutas, pois existe até cachaça de feijão e cebola, por exemplo. Realmente, há cachaça para todos os gostos. São cachaças de frutas, raízes, sementes e as emadeiradas, que é o tipo de armazenamento e que influencia no sabor final da bebida. Há ainda as artificiais como a de menta. Os sabores se dividem entre as doces, amargas, picantes e exóticas.
Alington Mota provou pela primeira vez e levou logo um litro da cachaça (Foto: Rafael Melo/G1)Alington Mota provou pela primeira vez e levou
logo um litro da cachaça (Foto: Rafael Melo/G1)
Rose Gomes é a proprietária do local, que vende o litro da cachaça a R$ 20. Há litros que chegam a custar R$ 7 mil e uma coleção de bebidas antigas e raras. Segundo ela, os consumidores são na maioria mulheres. A bebida xixi de anjo é a mais fraca e mais vendida, exatamente para as mulheres. Ela recebe esse nome pela doçura dos anjos.
No local, é o cliente que manuseia e prepara a sua compra e não há bebidas só para mulheres, os homens também procuram muito, principalmente a cachaça do viagra. O digitador Alington Mota provou pela primeira vez e levou logo um litro da cachaça. Perguntado sobre o efeito, ele brincou: "O resultado vem depois

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