quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Luiz Gonzaga é homenageado em Doodle do Google por centenário

  Ricardo Fraga Para o TechTudo
O Google está comemorando, nesta quinta-feira (13), o centenário de Luiz Gonzaga com um Doodle. Conhecido como o Rei do Baião, ele é considerado uma das figuras mais importantes da música popular brasileira por levar, entre outras coisas, as alegrias e tristezas do povo nordestino para todo o Brasil através de canções como “Asa Branca”, “Qui Nem Jiló” e “Baião de Dois”.
Centenário de Luiz Gonzaga é homenageada por Doodle do Google (Foto: Reprodução/Ricardo Fraga)Centenário de Luiz Gonzaga vira Doodle do Google (Foto: Reprodução/Ricardo Fraga)
Nascido no dia 13 de dezembro de 1912 no interior de Exu, Pernambuco, Luiz Gonzaga do Nascimento era filho de Ana Batista de Jesus e de Januário José dos Santos. Seu local de nascimento, a Serra do Araripe, veio a se tornar uma de suas primeiras composições, denominada “Pé de Serra”.
O gosto pela música veio de seu pai, trabalhador rural que, nas horas vagas, tocava acordeão. Ainda muito pequeno, Luiz Gonzaga aprendeu a tocar o instrumento pelo qual seu pai tinha apreço e, quando se deu conta, já estava se apresentando em bailes e forrós acompanhado de seu pai. Sempre muito ligado à cultura nordestina, se manteve fiel às suas tradições ao seguir carreira pelo Sudeste do Brasil.
Aos 18 anos, ainda muito jovem, Luiz Gonzaga encontrou Nazarena, o seu primeiro amor. O namoro, não aceito por coronel Raimundo Deolindo, pai da moça, que chegou a ameaçá-lo de morte, durou algum tempo sem que ninguém soubesse. Ao serem descobertos por seus pais, Luiz Gonzaga levou uma surra. Desiludido e revoltado pela impossibilidade de viver com a amada, Gonzaga ingressou no exército no Crato (Ceará) e viajou por vários estados do Brasil como soldado.
Luiz Gonzaga (Foto: Reprodução/onordeste.com)Luiz Gonzaga (Foto: Reprodução/onordeste.com)
Na cidade mineira de Juiz de Fora, Luiz Gonzaga conheceu o também soldado Domingos Ambrósio, muito conhecido pela habilidade com o acordeão. Em 1939, deu baixa no exército no Rio de Janeiro e decidiu seguir a carreira musical. Na então Capital do Brasil, começou a tocar nas áreas de prostituição da cidade apenas como solista de acordeão e tendo, como repertório, basicamente músicas internacionais.
Após se apresentar em programas de calouros sem muito sucesso, Luiz Gonzaga foi aplaudido ao tocar, no programa de Ary Barroso, a música “Vira e Mexe” de sua autoria. O sucesso da canção foi tão grande que Gonzaga conseguiu um contrato com a gravadora Victor, por onde conseguiu lançar mais de 50 músicas instrumentais.
Após ser contratado pela Rádio Nacional, Luiz Gonzaga conhecer o acordeonista gaúcho Pedro Raimundo. Baseando-se na vestimenta de Raimundo, Gonzaga passou a se apresentar vestido de vaqueiro, figurino que o consagrou como artista. Em 1945, no estúdio da RCA Victor, Gonzaga gravou “Dança Mariquinha”, a sua primeira música como cantor em parceria com Saulo Augusto Silveira Oliveira.
No mesmo ano, Odaléia Guedes dos Santos, mulher com quem Luiz Gonzaga mantinha um caso, deu à luz. Mesmo estando grávida quando o relacionamento de ambos começou e sabendo que Odaléia seria mãe solteira, Gonzaga resolveu assumir o filho de sua companheira e lhe deu o nome de Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior. Vivendo uma relação muito cheia de atritos, Odaléia e Gonzaga se separaram menos de dois anos após o início da relação. O filho ficou com a mãe e Gonzaga o visitava às vezes.
No ano seguinte, Luiz Gonzaga retorna a Exu, sua terra natal. Sem terem quaisquer notícias do filho, Gonzaga tem um emocionante reencontro com os pais. Dois anos após, em 1948, Gonzaga se casa com Helena Cavalcanti, professora que se tornou secretária particular do cantos. Como Helena não podia engravidar, o casal adotou uma menina, que foi batizada de Rosa, e viveu junto até o falecimento de Gonzada.
Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião” (Foto: Reprodução/Diário de Teresina)Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião” (Foto: Reprodução/Diário de Teresina)
Ainda em 1948, Odaléia, mãe de seu filho adotivo, morre de tuberculose. Gonzaga tenta fazer com que Helena aceite criar o filho como se fosse dela, mas a ideia é refutada pela esposa e por sua mãe. Se vendo sem saída, Gonzaga pede que os padrinhos da criança o criem no Morro do São Carlos, onde ia visitá-lo com frequência.
Sua relação com o filho era muito ruim. Como sempre brigavam quando se viam, Gonzaga decide se afastar da criança, apesar e amá-la, e teme pelo seu futuro. Na adolescência, Gonzaguinha se torna rebelde e decide não ir morar com o pai. Acabou internado pelo pai em um colégio interno, onde, aos 14 anos, contraiu tuberculose e quase morreu. Aos 16 anos, Gonzaga leva o garoto para a Ilha do Governador para morar com a família. Mas, devido a muitos problemas com Helena, acabou voltando ao internato.
A relação entre pai e filho ficou ainda mais conturbada depois que Gonzaguinha cresceu. Com o passar do tempo, decidiu se tratar do alcoolismo, concluiu a universidade e se tornou músico como Gonzaga. Em 1979, pai e filho viajaram por todo o país cantando junto, quando Gonzaguinha compôs algumas músicas para o pai.
Luiz Gonzaga é internado no Hospital Santa Joana em Recife em 21 de junho de 1989 e, no dia 2 de agosto, falece vítima de parada cardiorrespiratória. Em 2012, ano em que completaria 100 anos, foi lançado o filme “Gonzaga – de Pai pra Filho”, que conta a história de Gonzaga e Gonzaguinha.
Via Google e Wikipédia

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