Se na década de 1990, o número impresso nas embalagens dos ovos de
Páscoa era uma espécie de padronização de altura, hoje não passa de uma
tradição que alguns fabricantes mantêm – mas que pode confundir os
consumidores.
Com o passar dos anos e com a diversificação da produção das indústrias, os números perderam a utilidade. Hoje, as apresentações e os pesos de um ovo com mesmo número podem variar muito entre si: seja porque um tem mais recheio na casca ou porque outro vem com brinde dentro.
“Isso [uso de números] vem de muito tempo. Antigamente, as empresas usavam os números para mostrar a altura dos moldes. Nunca teve relação com o peso. As fábricas usam até hoje mais por costume, não é nenhuma exigência do Inmetro, por exemplo”, disse o vice-presidente do setor de chocolates da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Ubiracy Fonseca.
Por isso, a orientação dos órgãos de defesa do consumidor é que o
número do ovo jamais seja considerado, mas sim o peso, que
obrigatoriamente deve estar estampado no produto. “Os números não
informam absolutamente nada, e o consumidor acaba sendo induzido ao erro
ao achar que está levando mais chocolate ao olhar para o número do ovo.
Fizemos uma pesquisa há uns três anos entre consumidores, nessa época
de Páscoa. A conclusão foi de que muitos ainda consideram o número do
ovo na hora de comprar”, disse Karina Alfano, gerente do Instituto de
relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).
Se quiser tirar a prova, basta que o consumidor vá até um supermercado e compare as opções de ovos à venda. O G1
comparou o tamanho e o peso de quatro ovos de Páscoa de marcas e
fabricantes distintos, mas do mesmo número: 15. A diferença de peso
chega a 41%. Enquanto um ovo Serenata de Amor, da Garoto, pesa 240
gramas, um Hot Wheels, da Lacta, com um carrinho de brinde, tem 170
gramas.
Ovos mais caros
“Antes de comprar, além de descartar essa informação sobre os números, o consumidor deve ficar atento aos preços, que costumam ter uma variação muito grande dentro da mesma cidade”, alertou a gerente do Idec.
O ovo de Páscoa está 6,42% mais caro este ano, na comparação com a celebração do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV. A alta supera a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) entre março de 2012 e fevereiro de 2013, que foi de 6,04%.
Com o passar dos anos e com a diversificação da produção das indústrias, os números perderam a utilidade. Hoje, as apresentações e os pesos de um ovo com mesmo número podem variar muito entre si: seja porque um tem mais recheio na casca ou porque outro vem com brinde dentro.
“Isso [uso de números] vem de muito tempo. Antigamente, as empresas usavam os números para mostrar a altura dos moldes. Nunca teve relação com o peso. As fábricas usam até hoje mais por costume, não é nenhuma exigência do Inmetro, por exemplo”, disse o vice-presidente do setor de chocolates da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), Ubiracy Fonseca.
Ovos mais caros
“Antes de comprar, além de descartar essa informação sobre os números, o consumidor deve ficar atento aos preços, que costumam ter uma variação muito grande dentro da mesma cidade”, alertou a gerente do Idec.
O ovo de Páscoa está 6,42% mais caro este ano, na comparação com a celebração do ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV. A alta supera a inflação acumulada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) entre março de 2012 e fevereiro de 2013, que foi de 6,04%.
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