Origem do nome
O termo "forró", segundo o folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo, estudioso de manifestações culturais populares, vem da palavra "forrobodó", de origem bantu (Tronco linguístico africano, que influenciou o idioma brasileiro, sendo base cultural de identidade no brasil escravista), que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem.
O termo "forró", segundo o folclorista potiguar Luís da Câmara Cascudo, estudioso de manifestações culturais populares, vem da palavra "forrobodó", de origem bantu (Tronco linguístico africano, que influenciou o idioma brasileiro, sendo base cultural de identidade no brasil escravista), que significa: arrasta-pé, farra, confusão, desordem.
A
Versão mais verossímil, apoiada pelo próprio historiador Câmara
Cascudo, é a de que Forró é derivado do termo africano forrobodó e era
uma festa que foi transformada em gênero musical, tal seu fascínio sobre
as pessoas.
Na
etimologia popular (ou pseudoetimologia) é freqüente associar a origem
da palavra "forró" à expressão da língua inglesa for all (para todos).
Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do
século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para
construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público,
ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró"
pelos nordestinos. Outra versão da mesma história substitui os ingleses
pelos estadunidenses e Pernambuco por Natal do período da Segunda Guerra
Mundial, quando uma base militar dos Estados Unidos foi instalada nessa
cidade.
Apesar
da versão bem-humorada, não há nenhuma sustentação para tal etimologia
do termo, pois em 1937, cinco anos antes da instalação da referida base,
a palavra "forró" já se encontrava registrada na história musical na
gravação fonográfica de “Forró na roça”, canção composta por Manuel
Queirós e Xerém.
No
idioma húngaro, Forró significa "Quente". Não se tem variação da
palavra no idioma húngaro, o termo Forró é igualmente escrito (com
acento) como no português.
Antes
disso, em 1912, Chiquinha Gonzaga compôs Forrobodó, que ela classificou
como uma peça burlesca e que lhe valeu, algum tempo depois, em 1915, o
Prêmio Mambembe, sendo Mambembe também de origem banto, significando
medíocre, de má qualidade.
Histórico
Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" (nomes dos quais deriva "forró") já em fins do século XIX.[2]
Os bailes populares eram conhecidos em Pernambuco por "forrobodó" ou "forrobodança" (nomes dos quais deriva "forró") já em fins do século XIX.[2]
O
forró tornou-se um fenômeno pop em princípios da década de 1950. Em
1949, Luiz Gonzaga gravou "Forró de Mané Vito", de sua autoria em
parceria com Zé Dantas e em 1958, "Forró no escuro". No entanto, o forró
popularizou-se em todo o Brasil com a intensa imigração dos nordestinos
para outras regiões do país, especialmente, para as capitais: Brasília,
Rio de Janeiro e São Paulo.
Nos
anos 1970, surgiram, nessas e noutras cidades brasileiras, "casas de
forró". Artistas nordestinos que já faziam sucesso tornaram-se
consagrados (Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Trio Nordestino, Genival
Lacerda) e outros surgiram.
Depois
de um período de desinteresse na década de 1980, o forró ganhou novo
fôlego da década de 1990 em diante, com o surgimento e sucesso de novos
trios e artistas de forró.
Gêneros musicaisO
forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente
nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a
marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco. Outros
estilos de forró são: o forró universitário, uma revisitação do forró
tradicional (conhecido como forró pé-de-serra) e o forró eletrônico ou
estilizado (que, para alguns, não é considerado forró).
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