domingo, 27 de maio de 2012

ONU condena Síria por massacre

Após três horas de reunião, Conselho de Segurança tem decisão unânime.
Segundo agências, entidade condenou ataques "nos termos mais firmes".

Do G1, com informações de agências internacionais*

O Conselho de Segurança da ONU condenou por unanimidade neste domingo (27) o governo sírio pelos ataques com armamentos pesados à cidade de Houla, após reunião de emergência em Nova York. As Nações Unidas e ativistas apontam que os ataques foram realizados pelas forças do presidente Bashar al-Assad deixando ao menos 108 pessoas mortas, entre elas muitas crianças.

Segundo agências internacionais, o conselho condenou "nos termos mais firmes" a matança e pediu ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, que investigue os ataques de "violação às leis intenacionais".

Em um comunicado do organismo, seus quinze membros, incluindo a Rússia, destacam que os ataques "utilizaram disparos de artilharia e tanques do governo contra um bairro residencial", e pede ao presidente sírio que retire o armamento pesado das cidades sírias. Entre as exigências, está a retirada imediata das forças do govern sírio de áreas residenciais.

O embaixador britânico junto à ONU, Mark Lyall-Grant, qualificou de insuficiente, mas importante, o comunicado do Conselho de Segurança. "O Conselho se reunirá nos próximos dias para analisar com mais detalhes as próximas etapas" envolvendo a crise síria, disse Lyall Grant à imprensa. Em defesa, o porta-voz do ministério sírio das relações exteriores, Jihad Makdissi, negou "totalmente qualquer responsabilidade do governo neste massacre terrorista".

Na segunda-feira (28), o emissário internacional Kofi Annan chegará à Síria em uma tentativa de salvar seu plano de paz, que previa uma trégua que entrou em vigor no dia 12 de abril, mas que não foi respeitada.

Impasse com a Rússia
Antes de chegar ao consenso, o vice-embaixador da Rússia na ONU questionou a responsabilidade do governo da Síria no massacre. "Temos de determinar se foram as autoridades sírias", disse Igor Pankin a jornalistas na sede da ONU em Nova York. "Há razões substanciais para crer que a maioria das mortes foram por esfaqueamento, cortes por facas ou execução à queima-roupa."
Corpos de vítimas dos ataques nas últimas 24 horas são vistos em Houla (Foto: Reuters/Shaam News Network)Corpos de vítimas dos ataques nas últimas 24 horas são vistos em Houla (Foto: Reuters/Shaam News Network)
Em contrapartida, o chefe da missão de observadores da ONU na Síria general Robert Mood disse também neste domingo na reunião que as mortes foram por "estilhaços" e tiros à queima roupa, segundo diplomatas.
O embaixador britânico Mark Lyall Grant disse acreditar na participação do governo. "Parece bastante claro que o massacre em Houla foi causado por bombardeio pesado, pela artilharia do governo e tanques", disse Lyall Grant à frente da reunião.

(*com informações da Reuters, EFE e AFP)

FONTE:Do G1, com informações de agências internacionais

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