Para o pesquisador Lucenildo Lins, prevenir é um grande segredo. “Os cuidados básicos para evitar vazamento de dados pessoais na rede iniciam-se na instalação, configuração e atualizações dos softwares protetores do computador ou sistemas computacionais, que vão do firewall até o antivírus”, comenta. Ele explica que o firewall explicita que um site não é confiável, mas cabe ao usuário não minimizar a ameaça. “Se o usuário mesmo assim acessa, está jogando por terra toda infraestrutura da tecnologia”.
A estudante de direito Marta Thaís Leite procura ser cuidadosa ao acessar o espaço on-line. Ela tem celular, notebook e microcomputador – todos com internet –, afirma que evita usar webcam e publicar fotos em excesso nas redes sociais. “Eu gosto de me manter discreta, quase não uso chat com câmera, até no quesito 'fotos', prefiro colocar poucas. É um perigo”, confessa.
A jovem conta que o medo surgiu ao descobrir que uma amiga conseguia acessar as redes sociais de outras pessoas sem precisar de senha ou autorização. “Tenho uma amiga que é meio hacker, que entra nas redes sociais, que sabe recuperar conversas. Acho condenável, fiquei receosa e, hoje, uso todas as opções de privacidade das redes sociais, inclusive o aviso no celular em caso de acesso”, diz.
Lucenildo esclarece que, mesmo nos dispositivos como os smartphones, a postura deve ser vigilante. “Nessa nova era que é a contemporaneidade dos smartphones, não se tem no bolso apenas um mecanismo de comunicação fim-a-fim, como era antigamente. Essa nova geração de dispositivos móveis proporciona ao usuário ter um computador no bolso com poderes computacionais bem próximos do computador comum”, afirma.
“A primeira dica é a mais óbvia: evite produzir fotos de si mesmo em situações para lá de íntimas. Casos de pessoas famosas indicam que o hábito dos casais em gravar vídeos e fotos de sua intimidade não é acompanhado do cuidado em manter esses arquivos longe de terceiros. Isso é cada vez mais recorrente, tanto com famosos como não famosos. A educação escolar pode ajudar a melhorar o senso crítico para que as pessoas não publiquem de maneira exacerbada seus dados nos meios digitais”, finaliza.
Maria Livia Cunha PARA jp on line
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