quarta-feira, 2 de maio de 2012

Criança morre e família culpa falta de assistência em posto de saúde na PB

  
Do G1 PB, com TV Paraíba

A Polícia Civil da Paraíba aguarda um laudo da Unidade de Medicina Legal (UML) de Campina Grande para apurar as suspeitas de que uma criança teria morrido por falta de atendimento. O caso aconteceu na terça-feira (1º) no município de Areial, na região Agreste. De acordo com a mãe, a agricultora Paula Epifânia, ela procurou um posto de saúde no município, mas a unidade estava fechada devido ao feriado do Dia do Trabalhador. Sem condições financeiras para pagar um transporte particular até Campina Grande, a família procurou uma rezadeira, que deu um chá para o menino de 1 ano e 2 meses. Poucos minutos depois ele morreu nos braços da mãe.

O caso é investigado pelo delegado Malon Casemiro, que estava de plantão no feriado. Segundo a mãe, o menino acordou na terça-feira vomitando e com um inchaço na barriga. A família o levou para o posto de saúde mais próximo, que estava fechado. Desesperada por uma solução e sem dinheiro para viajar até Campina Grande em busca de socorro, Paula levou o filho para uma rezadeira. "Ela rezou, deu chá, batizou e disse: 'se você quiser levar para o hospital, pode até levar, mas seu filho vai morrer'", relatou a dona de casa.
Ela acredita que o chá de alcachofra preparado pela rezadeira tenha agravado a situação aliado à demora no atendimento médico, porque poucos minutos depois a criança apresentou uma piora, sentindo falta de ar. Já o pai, o agricultor José Firmino, disse estar indignado com a falta de assistência na comunidade onde mora. "Mesmo sendo feriado, era para haver pelo menos um médico de plantão. Ninguém tem hora para morrer", reclamou.

A secretária de Saúde da prefeitura de Areial confirmou que o posto de saúde daquela comunidade estava fechado por conta do feriado, mas costuma funcionar de segunda a sexta-feira. Em resposta à família, Priscila Custódio explicou que os pais deveriam ter procurado a unidade central, onde há ambulâncias à disposição da população para fazer transportes de urgência 24 horas por dia.
Segundo a Polícia Civil, a causa da morte da criança só poderá ser informada pelo laudo da necrópsia feita na UML de Campina Grande. A expectativa é de que o documento seja entregue à família e ao delegado em até 30 dias.
 http://g1.globo.com/paraiba/noticia/2012/05/crianca-morre-e-familia-culpa-falta-de-assistencia-em-posto-de-saude-na-pb.html

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