Do G1 PB, com TV Paraíba
A Polícia Civil da Paraíba aguarda um laudo da Unidade de Medicina
Legal (UML) de Campina Grande para apurar as suspeitas de que uma
criança teria morrido por falta de atendimento. O caso aconteceu na
terça-feira (1º) no município de Areial, na região Agreste. De acordo
com a mãe, a agricultora Paula Epifânia, ela procurou um posto de saúde
no município, mas a unidade estava fechada devido ao feriado do Dia do
Trabalhador. Sem condições financeiras para pagar um transporte
particular até Campina Grande, a família procurou uma rezadeira, que deu
um chá para o menino de 1 ano e 2 meses. Poucos minutos depois ele
morreu nos braços da mãe.
O caso é investigado pelo delegado Malon Casemiro, que estava de
plantão no feriado. Segundo a mãe, o menino acordou na terça-feira
vomitando e com um inchaço na barriga. A família o levou para o posto de
saúde mais próximo, que estava fechado. Desesperada por uma solução e
sem dinheiro para viajar até Campina Grande em busca de socorro, Paula
levou o filho para uma rezadeira. "Ela rezou, deu chá, batizou e disse:
'se você quiser levar para o hospital, pode até levar, mas seu filho vai
morrer'", relatou a dona de casa.
Ela acredita que o chá de alcachofra preparado pela rezadeira tenha
agravado a situação aliado à demora no atendimento médico, porque poucos
minutos depois a criança apresentou uma piora, sentindo falta de ar. Já
o pai, o agricultor José Firmino, disse estar indignado com a falta de
assistência na comunidade onde mora. "Mesmo sendo feriado, era para
haver pelo menos um médico de plantão. Ninguém tem hora para morrer",
reclamou.
A secretária de Saúde da prefeitura de Areial confirmou que o posto de
saúde daquela comunidade estava fechado por conta do feriado, mas
costuma funcionar de segunda a sexta-feira. Em resposta à família,
Priscila Custódio explicou que os pais deveriam ter procurado a unidade
central, onde há ambulâncias à disposição da população para fazer
transportes de urgência 24 horas por dia.
Segundo a Polícia Civil, a causa da morte da criança só poderá ser
informada pelo laudo da necrópsia feita na UML de Campina Grande. A
expectativa é de que o documento seja entregue à família e ao delegado
em até 30 dias.
http://g1.globo.com/paraiba/noticia/2012/05/crianca-morre-e-familia-culpa-falta-de-assistencia-em-posto-de-saude-na-pb.html
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