Fonte: Marcio Rangel (foto: Reprodução)
Soldado Neto afirma que foi espancado por assessores do prefeito da cidade |
A primeira mobilização da
campanha política na pequena cidade de Remígio, no Agreste do estado, por muito
pouco não terminou em tragédia na tarde deste domingo (12).
O atrito entre as forças
partidárias acabou gerando tumulto e agressões no Centro da cidade.
De acordo com as primeiras
informações fornecidas pela Polícia Militar no município, o tumulto teve início
quando as correntes partidárias se encontraram na ocasião que ocorria uma
carreata promovida pela candidata Wanessa Regina (PSL) – que inclusive é filha
do ex-prefeito da cidade, Paulinho do Alumínio, e é apoiada pelo atual prefeito
do município Cláudio Régis.
No atrito, alguns membros da
oposição relataram que foram agredidos pelos simpatizantes da candidata pelo
simples fato de estarem observando o evento na calçada. “Nós estamos olhando a
carreata quando eles chegaram já nos agredindo. Normando, que é genro da
candidata a vice-prefeita desceu do carro que estava e veio nos agredir. Quando
isso aconteceu, nós procuramos logo a polícia para prestar queixa, só que o
quando o grupo liderado pelo prefeito Cláudio Régis soube que estávamos lá,
simplesmente invadiram o local e começou uma confusão generalizada” comentou o
jovem Pedro Jaílson que também foi espancado.
Ainda segundo o relato do
rapaz, outra pessoa que foi espancada foi o Policial Militar Sizenando Bastista
Neto (foto). Ele teve a camisa rasgada e sofreu várias escoriações pelo corpo.
Testemunhas também relatam que
foram agredidas pelo próprio prefeito da cidade. Um exemplo é o médico e
professor universitário Raimundo Batista. “O prefeito estava descontrolado e
estava com visíveis sinais de embriaguez. Ele me agrediu com socos e pontapés.
Caí por cima da viatura que estava na frente da delegacia. Na hora do tumulto
não só o prefeito Cláudio Regis, como seus assessores também participaram do
tumulto” comentou a vítima.
No momento do atrito, apenas
dois policiais estavam na Delegacia de Remígio, já que o delegado da cidade
estava na vizinha cidade de Frei Martinho, atendendo uma outra ocorrência. Sem
conseguir controlar amigavelmente a briga, o agente de investigação
identificado apenas como Vernaldo efetuou dois disparos de arma de fogo dentro do prédio.
A confusão generalizada
envolveu diretamente pelo menos 20 pessoas.
Por telefone, a
assessoria do prefeito Cláudio Régis desmentiu as acusações. De acordo
com os simpatizantes, o tumulto teria sido gerado pelo próprio soldado
da Polícia Militar, que apesar de está fora de serviço, estaria armado e
intimidando os participantes da coligação. "Nós estavamos no nosso dia
de manifestação, já que a juíza determinou que cada coligação tem um
dia, pra evitar justamente os atritos. Eles que começaram o tumulto. O
prefeito não agrediu ninguém. Temos testemunhas. O próprio policial é
que estava intimidando as pessoas. Ele deverá responder por isso "
comentou Wofagon Lucena.
O advogado da coligação que tem Wanessa Regina como candidata à prefeitura de Remígio também entrou em contato com o BLOG.
O advogado da coligação que tem Wanessa Regina como candidata à prefeitura de Remígio também entrou em contato com o BLOG.
Humberto
de Brito voltou a afirmar que toda confusão foi gerada pelo PM que estaria
revoltado com o manifesto popular nas ruas da cidade. “Ele não gosta do
prefeito e toda eleição promove este tipo de tumulto. Se formos atrás dos
arquivos da justiça encontraremos o mesmo soldado envolvido em outros episódios
como este. Eu estava na delegacia e presenciei tudo. O prefeito não agrediu e
sim foi agredido por este cidadão” comentou.
Ainda segundo o assessor jurídico, um grupo de cerca de
dez pessoas – incluindo o prefeito Cláudio Régis – está representando
judicialmente o policial pelos crimes de lesão corporal e ameaças. “É
lamentável que fatos como este aconteça, mas todas as vítimas estão entrando
com representações contra este policial que ao invés de garantir a ordem
pública, se aproveita para intimidar as pessoas” frisou.
O
caso foi registrado pelo delegado Omar José - de Nova Floresta - que
estava no plantão da 7ª Delegacia Regional. Neste segunda-feira, os
envolvidos deverão ser ouvidos pelas autoridades policiais do município.
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