Candidatos foram impedidos de entrar em função
da greve(Foto: André Resende/G1)
O registro de candidaturas no Fórum Eleitoral de João Pessoa
no bairro do Roger, começou tumultuado nesta quinta-feira (5), último
dia de registro. Os servidores em greve do Tribunal Regional Eleitoral
da Paraíba alegaram que o acordo com o juíz da 64ª Zona Eleitoral,
Fabiano Moura de Moura, tinha sido descumprido. Segundo os servidores,
durante a reunião realizada na tarde da quarta-feira (4), ficou definido
que apenas um terço do efetivo iria trabalhar na 64ª, o que, de acordo
com os grevistas, não aconteceu.da greve(Foto: André Resende/G1)
Durante a reunião, que acabou por volta das 12h20, os portões do Fórum Eleitoral foram fechados e parte dos candidatos foram impedidos de registrar suas candidaturas na capital. O senador Cícero Lucena (PSDB) e o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT), ambos pré-candidatos à Prefeitura de João Pessoa, foram prejudicados com o fechamento do Fórum.
Apesar de ter sido barrado, senador Cícero Lucena
disse apoiar manifestação dos grevistas
(Foto: Jhonathan Oliveira/G1)
Apesar de não ter conseuido se registrar, o senador Cícero Lucena disse
que respeitava a greve e que seu registro será feito no período da
tarde por sua assessoria jurídica. Já Luciano Cartaxo permaneceu na
frente do Fórum Eleitoral aguardando o fim do impasse e após cerca de 10
minutos teve a entrada liberada e conseguiu fazer o registro. Antes dos
servidores impedirem a entrada dos políticos, Renan Palmeira (PSOL),
também candidato à prefeitura de João Pessoa conseguiu registrar a
candidatura.disse apoiar manifestação dos grevistas
(Foto: Jhonathan Oliveira/G1)
O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Justiça Federal na Paraíba (Sindjuf-PB), Marcos Lopes, afirmou que a ordem de fechamento dos portões não partiu do comando de greve, sendo uma medida tomada isoladamente por servidores grevistas.
Servidores ocuparam mais uma vez a entrada do
Fórum Eleitoral (Foto: André Resende/G1)
Antes da reunião, o juiz da 64ª afirmou que a garantia dos registro não
cabia nem a ele como magistrado responsável pela zona eleitoral, nem
aos servidores da Justiça Eleitoral. “O registro de candidaturas é um
direito garantido a qualquer candidato. Ninguém dá garantia, o registro é
um direito garantido. E quanto à reunião, não houve acordo nenhum, o
que houve foi a exposição do bom senso do comando de greve em não
impedir os registro das candidaturas”, comentou Moura de Moura. Apesar
de afirmar que não houve acordo com os grevistas, o juiz da 64ª Zona
declarou apoio às reivindicações dos servidores.Fórum Eleitoral (Foto: André Resende/G1)
José Alves, integrante do comando de greve, reforçou que os registros das candidatuas sempre foram permitidos, uma vez que é direito dos candidatos diante de um calendário eleitoral. “Nossa mobilização não é para prejudicar o calendário eleitoral, mas para chamar atenção a um problema que se arrasta há mais de quatro anos. Até o presente momento não tivemos contato do TRE da Paraíba, no sentido de nos apoiar na empreitada. Continuamos nossa greve”, finalizou.
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